No Brasil, o caso mais famoso foi com o jogador de vôlei Giba

 

Já se passaram 18 anos desde o famoso caso do atleta de snowboard Ross Rebagliati, vencedor da primeira medalha de ouro olímpica do esporte nos Jogos de Inverno no Japão, que quase perdeu sua medalha ao ser flagrado pelo uso de maconha no antidoping.

Apesar de ter tido sua medalha confiscada, o COI foi obrigado a devolvê-la, já que a maconha ainda não constava na lista de substâncias proibidas. Apenas um ano depois, a Agência Mundial Antidoping (AMA), tratou de incluí-la na lista rapidinho.

E quem não se lembra do “escândalo” protagonizado pelo nadador Michael Phelps em 2009, ao reconhecer como verídica a foto que viralizou pelo mundo todo, onde o atleta utilizava um bong para fumar maconha em uma festa. Como punição, ficou suspenso por três meses, além de perder um lucrativo contrato de patrocínio com a marca Kellogg’s.

No Brasil, o caso mais famoso foi com o jogador de vôlei Giba, também pego no antidoping. Suspenso por nove jogos, o atleta ficou 4 meses afastado das quadras. Dois anos depois ganhou ouro nos Jogos de Atenas.

Apesar de tantas polêmicas, a cena olímpica vem progredindo em relação ao uso da cannabis para fins recreativos. Em alguns esportes, como surf e skate que, inclusive, farão parte dos próximos Jogos, a utilização da maconha e até mesmo de outras drogas já é tolerada.

Uma das importantes mudanças feitas pela AMA recentemente, foi a elevação do limite autorizado da maconha para 150 nanogramas de THC por ml de urina. Dessa maneira, o consumo recreativo não irá mais causar falsos-positivos, já que o THC pode permanecer na urina por semanas após o uso da erva.

“Muitos casos não envolviam consumo durante os jogos. Os novos limites são uma tentativa de garantir que o uso de cannabis seja detectado durante as competições e não dias ou semanas antes delas.”, disse a agência em comunicado oficial.