Envolvidos negam irregularidade
A Odebrecht e duas empresas que atuaram na construção da Arena Corinthians acertaram entre elas o recebimento de dinheiro que deveria ter sido usado nas obras do estádio segundo compromisso firmado entre a empresa e o clube. As informações são do site globoesporte.com.
A publicação teve acesso a contratos assinados entre a Odebrecht e as empresas Temon (instalações hidráulicas e elétricas) e a Heating & Cooling (ar-condicionado), que previam que, se os custos dos serviços prestados fossem menores que o previsto, o valor economizado seria dividido.
Acontece que, no contrato principal firmado entre Odebrecht e Corinthians para a construção da Arena, assinado em 2011 pelo então presidente alvinegro Andrés Sanchez, as partes previam que qualquer economia realizada nas obras deveria ser reinvestida para cobrir outras despesas.
Segundo os documentos, o contrato com a Temon, de valor de R$ 31,5 milhões, previa divisão de verbas economizadas em 55% para a Odebrecht, e 45% para a própria empresa. Já no caso da Heating & Cooling(contrato de R$ 11,8 milhões), a divisão se daria em partes iguais, 50% e 50%.
Procuradas, Odebrecht e Heating & Cooling negaram irregularidades nos contratos, enquanto a Temon não se pronunciou. Andrés Sanchez afirmou que não sabia da existência do acordo.
Segundo a Heating & Cooling, de qualquer forma, não houve excedentes pela prestação de serviços na construção da Arena. A empresa também disse não ter informações sobre o contrato entre Corinthians e Odebrecht que a prática dessa divisão “é praxe no mercado”.