Diego pode levar uma medalha

 

 

 

 

 

Depois de dois dias sem competições, a ginástica artística volta à Arena Olímpica do Rio de Janeiro para as finais por aparelhos. São dez provas, com presença de brasileiros em quatro delas. 

Diego Hypolito e Arthur Nory estão na decisão do solo, neste domingo. Na segunda-feira, Arthur Zanetti busca o bicampeonato das argolas, minutos antes de Flavia Saraiva competir no solo. Na barra fixa, Francisco Barretto fecha a participação do Brasil na Olimpíada, na terça-feira – as finais começam às 14h nos três dias.

Lembrando que as notas das classificatórias não contam para as finais, confira abaixo as chances de cada ginasta do Brasil nos Jogos.

Diego Hypolito
O bicampeão mundial do solo chegou a duas Olimpíadas como favorito, caiu na final de Pequim 2008 e ainda na classificatória de 2012. Desta vez ele não carrega o peso do favoritismo. Quarto colocado na classificatória, Diego só perde dos japoneses Kenzo Shiari e Kohei Uchimura na nota de dificuldade. No entanto, os americanos Sam Mikulak e Jake Dalton e o britânico Max Whitlock têm se mostrado mais consistentes na execução. Diego é um candidato ao pódio, mas não um favorito. Antes dos Jogos, ele afirmava que a nota 15,700 seria o suficiente para o pódio. Na classificatória tirou 15,500.

Arthur Nory
Finalista do individual geral, Nory levou a última vaga na decisão do solo. Ele apresentou a série com menor dificuldade entre os oito finalistas, mas vai arriscar, colocando mais dificuldade na sua apresentação da final. Franco-atirador, o brasileiro tem chances muito pequenas. Depende não apenas de estar em um dia brilhante, mas também de falhas dos favoritos.

Arthur Zanetti
Defender o título olímpico das argolas vai ser uma missão difícil para Arthur Zanetti. Mesmo que ele e o técnico Marcos Goto evitem falar em estratégia, o ginasta repetiu a tática de apresentar uma série simplificada na eliminatória. Tudo para ficar na quinta posição e, com isso, ser o último a se apresentar na final – a ordem de apresentação na decisão de segunda-feira foi definida por sorteio antes da classificatória. Ele vai aumentar a nota de dificuldade e buscar um melhor execução para subir três décimos e chegar aos 15,800, nota que acredita ser suficiente para o pódio, talvez para o título. As chances de medalha são grandes, mas detalhes devem decidir do ouro ao quarto lugar entre o brasileiro, o grego Eleftherios Petrounias e os chineses Yang Liu e Yuo Hao.

Flavia Saraiva
A baixinha de 1,33m já encantou o mundo na classificatória da trave e promete brigar pelo pódio, até foi retirada da final individual geral para focar no aparelho. Flavinha tem de repetir a série segura que a colocou como terceira colocada na classificatória e ainda contar com desequilíbrios de rivais. Alcançar as americanas Simone Biles e Lauren Hernandez é missão difícil. Atual vice-campeã mundial, a holandesa Sanne Wevers também é uma favorita. Campeã olímpica da trave em 2004, a romena Catalina Ponor não pode ser descartada, apesar de estar abaixo de Flavinha em dificuldade e execução.

Francisco Barretto
Em um aparelho cheio de largadas e retomadas como a barra fixa, quedas são comuns e podem definir o pódio. Chico entra para a final como azarão, com menor dificuldade na sua série em relação aos principais rivais. Os favoritos para a disputa que encerra a ginástica artística dos Jogos são o alemão Fabian Hambuechen, o americano Danell Leyva e o holandês Epke Zonderland, atual campeão olímpico. Para alcançá-los, Chico precisa estar em dia mágico e “contar” com quedas dos adversários. Chances muito pequenas, mas vale lembrar que Arthur Nory disputou essa final em situação semelhante no Mundial de 2015 e acabou na quarta colocação.