Com atletas da casa no pódio, circuito de vôlei de praia lota Parque das Nações
A aquidauanense Talita foi ouro e o campo-grandense Saymon foi prata
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A aquidauanense Talita foi ouro e o campo-grandense Saymon foi prata
A final da etapa de abertura do Circuito Brasileiro Vôlei de Praia Open, realizada neste domingo (25) no Parque das Nações Indígenas, marcou bom desempenho dos atletas sul-mato-grossenses. O evento também foi marcado pela grande quantidade de público: a arena com capacidade para 950 pessoas lotou e dezenas ficaram do lado de fora.
Com muito apoio da torcida, a aquidauanense Talita Antunes e a capixaba Larissa França foram ouro no feminino, vencendo as fluminenses Val e Renata por 2 sets a 0 (21/9 e 21/15). O bronze ficou com Josi e Thati (SC/PB), que venceram Juliana e Taiana (SP/CE) pelo mesmo placar em sets, mas com os resultados de 21/18 e 21/17.
Há 15 anos, quando Benjamin conquistou o ouro, um atleta da casa não alcançava a primeira colocação na etapa sul-mato-grossense do circuito.
O jovem campo-grandense Saymon Barbosa, que forma equipe com o carioca Guto Carvalhaes, chegou à prata após uma disputada final com o veterano Ricardo Santos (BA) e o capixaba André Stein.
A dupla campeã venceu por 2 a 0, mas ambos os sets foram apertados (21/17 nos dois). Evandro e Pedro Solberg ganharam o bronze após vencer Léo Gomes e Ferramenta por 2 a 0 (21/15 nos dois sets), em duelo de atletas do Rio.
Os atletas
Saymon agradeceu o apoio da torcida e da família e destaca que, como atleta ainda jovem, o resultado foi muito bom. “Excelente começo. Muito gratificante jogar em casa. É um carinho muito grande que sinto pelo Estado. Tô muito feliz”, afirma o jogador.
Ricardo, que chegou ao 54º título de etapa, brincou com a questão da idade, ao se referir a seu parceiro e aos oponentes. “Têm idade pra ser meus filhos. Meu filho que hoje joga tem 21, eles têm 22”, afirmou aos risos.
Ao ser perguntado se as Olimpíadas tiveram influência na grande presença do público, o atleta que já ganhou as três medalhas (ouro em Atenas 2004, prata em Sydney 2000 e bronze em Pequim 2008) afirma que a relação existe. “Quando você tem um esporte que é vencedor, você só tem a somar, consegue captar mais fãs”.
Sobre o público campo-grandense, Ricardo só tem elogios. “As pessoas em Campo Grande gostam de vôlei de praia. Sempre que participei, estava lotado. Agora ainda mais, logo depois de uma Olimpíada no Brasil”.
Talita, que foi ouro na etapa e que disputou as Olimpíadas do Rio – onde alcançou o quarto lugar junto à parceira Larissa –, concorda com ele. “As pessoas gostam do vôlei de praia. A arena esteve cheia todos os dias”.
Ela também acredita que os Jogos Olímpicos influenciaram as pessoas a participar. “Acho que as pessoas acompanharam, com certeza, a Olimpíada, e junta com eles gostarem mesmo do vôlei de praia. Apesar de nós não termos praia aqui, temos grandes atletas que saíram do Estado, que foram campeões mundiais, que jogaram Olimpíadas”.
O público
Muitas pessoas compareceram com toda a família no evento. É o caso do corretor de imóveis Hamilton Barroso, 42, e sua esposa, a professora de educação física Flávia Barroso, 36. O casal levou seus filhos de 10 anos e um ano e meio para prestigiar os atletas.
Eles contam que sempre praticaram o vôlei, que os fez se conhecerem.“Somos fãs do esporte, já praticávamos”, afirma Hamilton. Ele também afirma que o objetivo principal era torcer pelos atletas do Estado. “Só faltou a vitória do Saymon”, diz Flávia.
O autônomo Gilmar Viana, 39, também é praticante do esporte desde a adolescência. Ele foi ao evento todos os dias e estava na final desde cedo, mas não conseguiu ficar perto dos atletas. Com a ajuda do Jornal Midiamax, ele conseguiu conversar e tirar foto com Talita. “Conhecia só pela tevê, consegui agora essa foto com ela, muito legal”, conta.
“Tô aqui desde cedo. Os seguranças não deixavam a gente se aproximar, mas consegui”, diz o atleta amador. “Gente que chegou 40 minutos depois de mim não conseguiu entrar”, diz Gilmar, que foi para ver, além de Talita, o sul-mato-grossense Saymon e o baiano Ricardo.
Já os funcionários públicos Cláudio e Joana Peres, ambos de 52 anos, ainda não conheciam o atleta da casa, mas torceram por ele. “Não conhecia o Saymon, foi uma grata surpresa”, conta Cláudio. O casal, que veio do Rio há décadas, costuma ir ao evento sempre que ele vem a Campo Grande.
“Eu assisti a Talita e a Larissa, aí quando vi que ia ter, a gente veio”, diz Cláudio. Joana afirma que a torcida por MS já é tradição do casal, que abandona a rivalidade no futebol – ele é flamenguista e ela vascaína – para apoiar os jogadores. “A gente sempre vinha assistir o Benjamin, agora veio ver o Saymon”, diz ela.
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