Anúncio foi feito pelo COI no briefing diário

O Comitê Rio 2016 anunciou nesta segunda-feira, no briefing diário realizado ao lado do Comitê Olímpico Internacional (COI), que 40 cambistas foram presos neste domingo nos arredores do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca. 

O diretor de ingressos do órgão brasileiro, Donovan Ferreti, afirmou que há uma colaboração constante com as autoridades desde a Copa do Mundo de 2014, quando quadrilhas internacionais também foram desarticuladas em operações policiais no Rio de Janeiro. Em reportagem publicada neste domingo, o GloboEsporte.com mostrou a ação de cambistas nos arredores da área principal da Olimpíada. 

Ferreti informou que somente neste domingo foram vendidos 95 mil ingressos para os Jogos, gerando R$ 11 milhões de receita, com 84% do total de entradas vendidas. Ele explicou que há uma cooperação na ação contra a venda ilegal de ingressos:

– Criamos um grupo com a polícia exatamente para combater isso, estamos em total colaboração. Por causa disso temos essa grande ação hoje e temos sucesso em outras ações no Brasil. Queremos garantir o ingresso a um preço justo na mão do torcedor. Eles tiveram chance na Copa de aprender como trabalham e estamos tendo bem mais sucesso. Ontem (domingo) prendemos 40 cambistas no lado de fora do parque. Temos total colaboração. 

Ferreti comentou também sobre a prisão de um grupo relacionado à venda ilegal de ingressos em São Paulo:

– Informação que temos da polícia, é um grupo de São Paulo que compra ingressos com cartões de terceiros. A polícia foi rápida, os ingressos eram verdadeiros. Isso não é novo. Eles identificaram alguns grupos antes. 

Quadrilha internacional

Na manhã desta segunda-feira, a Polícia Civil anunciou também a prisão de Kevin James Mallon e Barbara Carnieri, desarticulando uma quadrilha internacional relacionada à empresa inglesa THG, que também esteve envolvida em escândalo na Copa do Mundo de 2014. Diz o comunicado oficial da Polícia Civil:

“Kevin é um dos diretores da empresa inglesa THG, a qual, em 2014, teve seu CEO  James Sinton preso pela Instituição, envolvido na “máfia dos ingressos” da Copa do Mundo de 2014. No momento da prisão, Kevin estava com ingressos falsos e foi conduzido à delegacia. Ele foi autuado pelos crimes de associação criminosa, marketing por emboscada e facilitação de cambismo. Com relação à Barbara, ela era funcionária da THG, contratada há 3 meses para atuar como intérprete nos jogos. Com base nas provas reunidas, ela foi atuada pelo crime de marketing por emboscada. Durante a ação, os policiais civis apreenderam mais de 1.000 ingressos que eram comercializados por valores altíssimos”.

Sobre a quadrilha internacional presa pela Polícia Civil, o diretor de comunicação do Rio 2016, Mario Andrada, pediu tempo para obter todas as informações:

– Vamos aguardar a coletiva da Polícia Civil para avaliar as informações. O fato de isso estar surgindo tão cedo mostra que estão prestando atenção para proteger a integridade da operação de venda de ingressos – disse Andrada.