Mayweather vence Pacquiao na ‘luta do século’, unifica cinturões e segue invicto

Mais efetivo, americano ganhou R$ 2,4 milhões por cada soco que acertou no filipino

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Mais efetivo, americano ganhou R$ 2,4 milhões por cada soco que acertou no filipino

Se a luta era a do século, Floyd Mayweather Jr. garantiu para sempre seu nome na história do boxe. Neste sábado, no combate que bateu recorde atrás de recorde e movimentou R$ 1,5 bilhão, o norte-americano levou a melhor sobre Manny Pacquiao e segue sem conhecer uma derrota, em 48 lutas. 

Foram cinco anos de espera para o encontro entre os lutadores, resumidos em 36 minutos, já que a luta durou até o décimo segundo e último round. Em duelo para lá de equilibrado, a vitória de Mayweather só veio na decisão dos jurados, que marcaram triunfo unânime – placares 118-110 e 116-112 (dois árbitros).

Não dá para dizer, contudo, que o resultado não foi polêmico. Como já era de se esperar, Pacquiao procurou o ataque, enquanto Mayweather apostou em sua defesa eficiente e contra-golpes. O braço de qualquer um dos dois poderia ser levantado, mas, dificilmente, com vantagem tão ampla.

O próprio Pacquiao foi um dos que discordou do resultado. “Foi uma boa luta. Acho que ganhei. Ele não fez nada. Ele só saiu, fugiu do combate. Atirei golpes desde o início. Ele só se mexia para os lados. É a luta, é assim. Acertei ele várias vezes, acho que venci”, disse ele, ainda no ringue.

Mayweather, por sua vez, preferiu ficar fora da polêmica. Em sua entrevista, preferiu reverenciar o rival, a quem chamou de “um dos maiores da história do boxe”. “Eu não vou aqui dar palpite. Se ele se interessou mais pela luta, eu lutei de forma inteligente”, avaliou, depois de ser vaiado.

Contestado ou não, Mayweather leva para a casa, além de uma bolsa equivalente a R$ 360 milhões, um cinturão com três mil esmeraldas, unificando os títulos do Conselho Mundial de Boxe (CMB) e da Associação Mundial de Boxe (AMB), que já eram seus, ao da Organização Mundial de Boxe (OMB), que era de Pacquiao.

A luta – Enquanto aguardava o anúncio oficial do resultado, Mayweather subia nas cordas e gritava para o público que havia vencido. As vaias que ouvia eram as mesmas que foram ouvidas na MGM Grand Garden Arena, em Las Vegas, Estados Unidos, desde que o gongo soou pela primeira vez.

Como esperado, Pacquiao tomou a iniciativa do combate, enquanto Mayweather contra-atacava com perfeição. A cada momento que o filipino conseguia boa sequência, o norte-americano partia para o clinch, em iniciativa que segurava o ímpeto do rival e revoltava o público presente.

Até o quarto round, o combate foi muito equilibrado. Depois dos nove primeiros minutos, porém, Pacquiao viveu ótimo momento e teve vantagem clara no assalto – o que nenhum lutador havia conseguido até então. Na sequência, Mayweather respondeu e também venceu com contundência.

Ao fim do sexto assalto, metade de combate, a luta parecia empatada, logo depois de um round com vantagem clara para Pacquiao. Os seis minutos seguintes foram bastante equilibrados, até um nono round melhor para o filipino. Naquele momento, Mayweather parecia em desvantagem.

Vieram os dois últimos rounds, e o equilíbrio permaneceu. Nos últimos minutos de luta, contudo, Mayweather parecia convicto da vitória, trabalhando com as pernas e erguendo os braços. Quando o gongo soou, Pacquiao também levantou as mãos e foi aclamado pelo público.

Com a confirmação da vitória, Mayweather já pode pensar no recorde de Rocky Marciano. Com 48 vitórias em 48 lutas, ele está apenas a um combate de igualar a invecibilidade do peso-pesado, que encerrou a carreira com 49 triunfos em 49 aparições.

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