“Eu acho que pode ser uma boa ideia para dar mais vitrine a elas”, disse Ecclestone

Em um fim de semana no qual a voltou a colocar em pauta sugestões para melhorar o seu “show” nos próximos anos, o chefão da categoria, Bernie Ecclestone, admitiu que há a possibilidade de as mulheres ganharem um campeonato só delas em um futuro não tão distante.

“Eu acho que pode ser uma boa ideia para dar mais vitrine a elas”, disse Ecclestone. “Por alguma razão, as mulheres não estão sendo lançadas na F1 – e não porque não a queremos”, acrescentou, em conversa com a imprensa britânica, na Malásia .

A ideia seria que a Fórmula 1 promovesse corridas femininas exatamente nos mesmos finais de semana da competição tradicional. As provas das mulheres ocorreriam antes das dos homens, servindo como uma espécie de prévia – ou até mesmo no sábado, dia em que tradicionalmente são disputados os treinos classificatórios.

“Nós temos que começar por algum ponto, então eu sugeri para que as equipes tenham um campeonato feminino separado. Neste momento, é apenas um pensamento, mas eu acho que seria muito bom para a F1”, afirmou Ecclestone, antes de também admitir interesse nos lucros. “Elas atrairiam muita atenção e publicidade para a categoria”, completou.

Atualmente, há somente duas mulheres na Fórmula 1: Susie Wolff (piloto de testes da Williams) e a recém-contratada Carmén Jordá (piloto de desenvolvimento da Lotus) . A primeira, por sinal, já participou de dois treinos livres, no ano passado. Na história, contudo, só as italianas Lella Lombardi e Maria Teresa de Filippis disputaram uma corrida – a última delas, em 1976.