Sindicalistas criticaram falta de diálogo com governador
Marcada por protestos de servidores, a sessão desta terça-feira (6) na Assembleia Legislativa, que também teve bate-boca entre parlamentares, terminou com a criação de uma comissão para intermediar a negociação entre governo estadual e o Fórum de Servidores.
A comissão foi um pedido do deputado Paulo Siufi (PMDB), que solicitou do governo infomracoes sobre a real situação financeira do Estado, que ampare a alegação de falta de recurso para conceder o reajuste salarial aos mais de 70 mil servidores estaduais.
Por parte da Assembleia, os nomes da comissão com cinco membros devem ser indicados na sessão de amanhã, quarta-feira (8), já o Fórum definiu Giancarlo Miranda (Sinpol), Thiago Mônaco (ABSSMS), Ricardo Bueno (SIntess), Octacílio Sakai (Sindetran) e Jaime Teixeira (Fetems) como integrantes do grupo que vai negociar com o Reinaldo Azambuja (PSDB).
“Governo que não consegue honrar própria palavra, como vai mostrar que é inocente no escândalo de corrupção”, disparou o presidente do Sinpol, alegando que a gestão tucana descumpriu acordos assumidos anteriormente com a categoria.
Já o presidente da Fetems, Roberto Botareli, cobrou o afastamento imediato do governo de todos os envolvidos nas delações de supostos esquemas de corrupção na gestão Azambuja.
Botareli e Miranda tiveram oportunidade de falar em nome do Fórum aos deputados presentes, e questionaram as justificativas do governo para não conceder o reajuste e nem a reposição da inflação do período, o que alegam que ocasionou perdas às categorias. Eles alegam que este é o terceiro ano seguido que servidores não terão nenhum reajuste salarial.
“Temos um calendário de ações prolongadas para divulgar a má gestão e utilização de recursos indevidos da previdência, o que acabou prejudicando reajuste dos servidores”, disse André Santiago, presidente do sindicato que representa os agentes penitenciários (Sinsap-MS).