Neste Dia Internacional da Mulher, o MidiaMAIS mostra aquelas que fazem e fizeram história em MS

Há cerca de um ano o MidiaMAIS publicou uma lista com as jovens mulheres de Mato Grosso do Sul que estão na linha de frente da cultura do Estado, na atualidade. E como bem lembrou a matéria, de Delinha a Lenilde Ramos, várias outras guerreiras compuseram e ainda compõem essa vanguarda.

Neste Dia Internacional da Mulher, listamos aquelas que precisam ser lembradas sempre por seu pioneirismo e contribuição para a visibilidade da mulher nas artes de Mato Grosso do Sul, seja na produção artística, seja na pesquisa e incentivo às realizações culturais. Confira!

 

Maria da Glória Sá Rosa

(Reprodução/Facebook)

 

Cearense de nascimento, mas sul-mato-grossense de criação, Maria da Glória Sá Rosa, a professora Glorinha, foi uma espécie de incentivadora da produção cultural no Estado. Professora aposentada da UFMS, Glorinha teve carreira docente notável, foi membro da academia sul-mato-grossense de letras e teve várias obras publicadas. Diplomada em Francês, fundou e dirigiu a Aliança Francesa em , fundou a Revista Estudos Universitários (FUCMAT) e o Teatro Universitário Campo-grandense (TUC) e o Cine Clube de Campo Grande. E principalmente, era a voz da maturidade no aconselhamento de praticamente todos os artistas tradicionais de Mato Grosso do Sul. Glorinha faleceu em 28 de Julho de 2016.

 

Delinha

(Cleber Gellio/Acervo Midiamax)

 

Embaixadora da Cultura em Campo Grande, Delanira Pereira Gonçalves, ou melhor, Delinha, é um estandarte da música regional que representou o Estado nas últimas décadas. Ao lado de Délio, seu esposo, ela construiu uma história sólida, que se confunde com a do Estado. Ao longo da carreira, foram 19 LPs gravados e centenas de músicas compostas, além de um DVD solo, em homenagem ao conjunto de sua obra.

 

Glauce Rocha

(Reprodução/ArquivoTupi)

 

Glauce Eldé Ilgenfritz Corrêa de Araújo Rocha, mais conhecida apenas como Glauce Rocha, é filha de Campo Grande, onde nasceu em 1933. É um dos estandartes das artes devido sua carreira como atriz, tendo passado pelo teatro, cinema e televisão no eixo Rio-São Paulo. Inquieta, Rocha também desenvolveu trabalhos como diretora, produtora e roteirista. No cinema, atuou em Terra em Transe (1967), Navalha da Carne (1969), entre outros 25 filmes, 64 produções televisivas e cerca de 40 peças teatrais. É detentora de dois prêmios Molièr e também integrou a resistência contra a ditadura militar. Morreu no ano de 1971, em São Paulo.

 

Lenilde Ramos

(Divulgação/Aurélio Vinícius)

 

Sanfoneira de mão cheia, Lenilde Ramos é uma artistas a cara de Mato Grosso do Sul. Compositora, cantora e escritora, ela começou sua trajetória musical quando, aos 7 anos, ganhou uma sanfoninha do pai. E nisso já são mais de 50 anos de carreira, na qual jamais se separou da sanfona.

 

Helena Meireles

(Reprodução/MemóriaMS)

 

A revista norte-americana ‘Guitar Player', uma das publicações mais importantes do segmento da música do mundo, recebeu um vídeo de uma senhora de feições fechadas tocando uma viola de um jeito impressionante. Era a violeira Helena Meirelles, nascida em Bataguassu, um dos maiores expoentes da música sul-mato-grossense de raíz. Helena passou grande parte de sua vida no ostracismo, mas depois chegou a ser reconhecida por sua virtuose no instrumento e é lembrada até hoje no rol dos músicos mais competentes do Brasil. 

 

Tetê Espíndola

(Divulgação)

 

Teresinha Maria Miranda Espíndola, celebrada Brasil a fora como Tetê Espíndola é uma das principais vozes que representa Mato Grosso do Sul no país. Vinda de uma família extremamente musical, Tetê iniciou a carreira bem cedo e aos 14 ganhou um concurso musical com uma música escrita por seu irmão, ‘Sorriso'. Deslocando-se para São Paulo, em 1985, Tetê vence o ‘Festival dos Festivais', no qual sua interpretação de ‘Escrito nas estrelas' torna-se uma febre nacional. Atualmente, a cantora e instrumentista desenvolve um projeto musical com o filho Dani Black.

 

Conceição dos Bugres

(Acervo Roberto Higa)

 

Nascida em 1914, na cidade de Povinho de Santiago (RS), Conceição dos Bugres foi uma das artistas e escultora mais proeminente de Mato Grosso do Sul, onde passou a viver desde 1957 até a data de seu falecimento, em 1984, aos 70 anos. A artista criou um dos símbolos culturais mais arraigados no imaginário do sul-mato-grossense – os bugrinhos, esculturas em madeiras que utilizavam a técnica de cera amarela como revestimento. A artista afirmava que o croqui de sua obra foi revelado num sonho, mas o fato é que a arte de Conceição tornou-se um holofote para a cultura do Estado, após dezenas de exposições em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e em mostras internacionais de artesanato.

 

Maria Adelia Menegazzo

(Reprodução/Youtube)

 

Com formação em Letras, da graduação ao doutorado, Maria Adelia Menegazzo é uma das mais proeminentes pesquisadoras e críticas de arte de Mato Grosso do Sul, com sólida carreira acadêmica, sendo tambem professora do Programa de mestrado em Estudos de Linguagens da UFMS e do doutorado em Letras da mesma universidade. Com vasto conhecimento sobre História da Arte e Teoria Literária, Menegazzo também é autora de diversas obras e compartilha seu conhecimento em diversos projetos pela cidade e também em uma coluna semanal no jornal Correio do Estado.

 

Lídia Baís

(Reprodução/SescMS)

 

Lídia Baís nasceu em 1900 em Campo Grande, filha do comerciante Bernardo Franco Baís. Pintora e desenhista, iniciou seus estudos em pintura com Henrique Bernardelli em 1926. Viajando pela Europa, teve contato com Ismael Nery, que influenciaria diretamente sua obra. Foi por iniciativa da própria Lídia, a criação de seu museu em 1940, quase 25 anos depois de ser construído o casarão da família – a tradicional e tão conhecida Morada dos Baís, considerado o primeiro prédio de alvenaria de Campo Grande. O Museu Lídia Baís reúne, atualmente, acervo da artista no Sesc Morada dos Baís. A artista morreu em 19 de outubro de 1985.