Com as mudanças no cenário econômico de Mato Grosso do Sul, focado no setor industrial, vem também as mudanças necessárias na área da educação, que está cada vez mais se adaptando para atender às novas demandas do mercado.
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O Estado atualmente se destaca nos setores de papel e celulose, serviços, mineração, rota bioceânica, produção sustentável no Pantanal, tecnologia da informação, bioenergia e citricultura, que está impulsionando a demanda por novas competências profissionais.
Chamadas de “profissões do futuro”, novas habilidades estão sendo integradas aos currículos do Ensino Médio técnico, universidades e polos educacionais por todo o Estado, assim como a capacitação de docentes e instrutores, que estão em falta para atender a essa demanda, segundo o pró-reitor de Ensino da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), em Dourados, Walter Guedes.
Para Guedes, alguns dos fatores que impulsionam essa demanda são a automação e robotização, economia circular, urbanização e desenvolvimento de infraestrutura, envelhecimento da população e qualidade de vida e acrescenta que os jovens devem aproveitar as oportunidades nas regiões em que estão inseridos.
De acordo com o pró-reitor, as profissões do futuro serão cada vez mais multidisciplinares, exigindo que os profissionais tenham uma visão holística, ética, crítica e atualizada.
“Invistam numa formação alinhada às demandas regionais e em setores estratégicos de desenvolvimento do Estado, desenvolvam habilidades como trabalho em equipe, flexibilidade e adaptabilidade, aprimoramento num segundo idioma e construam redes de contatos e sejam proativos”, orienta.
Para Guedes, os setores tradicionais como Engenharia, Agronomia, Zootecnia, Geologia e Mineração, e carreira docente possuem novos desafios que exigem profissionais mais qualificados para planejamento e execução de projetos, otimização de processos, desenvolvimento de novas tecnologias, práticas sustentáveis, segurança do trabalho, e formação de indivíduos.
Guedes também destaca que a universidade tem forte atuação no interior de Mato Grosso do Sul, e está implementando estratégias para ofertar novos cursos alinhados às demandas da sociedade e ao desenvolvimento socioeconômico e está preparada para oferecer cursos com forte componente prático, por meio de parcerias com empresas especializadas.
As “profissões do futuro”
A respeito das profissões que devem ganhar um importante espaço no mercado nos próximos anos, Walter Guedes cita Ciência de Dados e Inteligência Artificial, Biotecnologia e Gestão de Projetos e Negócios. O pró-reitor também destaca que o futuro aguarda boas oportunidades para profissionais com especializações em Tecnologia da Informação, Logística e Comércio Exterior, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Energias Renováveis, e em Cidades Inteligentes.
O que diz o relatório?
A 5ª edição do relatório Futuro do Trabalho, do Fórum Econômico Mundial em parceria com a Fundação Dom Cabral, identificou as profissões em alta e as que perderão espaço nos próximos anos, além das habilidades mais demandadas até 2027.
O estudo aponta que setores essenciais, como cuidados, educação e construção, terão o maior crescimento de vagas até 2030. Enquanto isso, avanços em IA, robótica e energia renovável ampliam a demanda por especialistas, mas reduzem a necessidade de funções como caixas, assistentes administrativos e até designers gráficos.
A gerente de Educação do Senai, Dani Gil, destaca que Mato Grosso do Sul tem registrado crescimento econômico em setores como bioenergia, florestas plantadas, citricultura e produção de proteínas, impulsionado por investimentos e pela vocação agroindustrial do Estado.
Esse cenário tem gerado demanda por profissionais qualificados, com a criação de cursos como Técnico em Sistemas de Energia Renovável, Celulose e Papel, Operador de Máquinas Florestais, Manutenção de Máquinas Industriais, Alimentos e Agroindústria.
Além disso, tendências transversais, como Indústria 4.0 e digitalização, impactam setores de infraestrutura e logística. Cursos de qualificação profissional, como Técnico em Administração, Automação, Eletromecânica, Eletrotécnica, Informática e Refrigeração, também são destacados como essenciais para atender às novas demandas do mercado e fortalecer as cadeias produtivas do Estado.
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