Um candidato do concurso público para juiz substituto, do TJMS (Tribunal do Justiça de Mato Grosso do Sul) foi eliminado do certame por comportamento indevido durante a Prova Objetiva, realizada no dia 30 de abril, em Campo Grande. Segundo o Tribunal, o homem – que, pelo registro da OAB, é advogado de Ponta Porã – desrespeitou demais candidatos, o fiscal da prova e até desembargador.

Conforme comunicado oficial dos organizadores, candidato perturbou a ordem dos trabalhos dentro da sala onde a prova foi aplicada, na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco). Além disso, ele teria faltado com respeito com os membros da equipe de aplicação das provas, com as autoridades presentes e demais candidatos.

Dessa forma, a Prova Objetiva do candidato foi anulada e ele foi eliminado do 33º concurso público por “comportamento indevido no dia da prova objetiva, tendo o mesmo faltado com respeito aos demais candidatos da sala nº 27, com os fiscais da Fundação Getúlio Vargas e especialmente com o Des. Dorival Renato Pavan, membro da Comissão de Concurso, causando perturbação a ordem dos trabalhos”.

Assim, a decisão foi tomada em conjunto entre a FGV (Fundação Getúlio Vargas), organizadora do certame, e Comissão do Concurso. Eliminação foi oficializada pelo desembargador Sérgio Fernandes Martins, presidente da Comissão do Concurso Público.

Movimentação nas redes sociais

A decisão sobre a eliminação do candidato movimentou as redes sociais nesta terça-feira (9). “Não desconte sua raiva na banca porque a eliminação vem”, compartilhou uma internauta.

“Parece que o candidato estava batucando o dedo na carteira, a candidata mais próxima pediu para ele parar, ele não quis. Virou um quiprocó e ele manteve-se inflexível até que chamaram o desembargador Pavan e o tal candidato, sem noção do perigo, desrespeitou o desembargador também. Resultado: eliminado (e com sugestão de ir à terapia)”, disse outro usuário das redes sociais.

“Excluíram o candidato do TJMS que achou de bom tom gritar com uma outra candidata, com um fiscal da FGV e com um desembargador da comissão do concurso”, informou outra pessoa na Internet.

O Jornal Midiamax entrou em contato com a assessoria do TJMS para saber mais detalhes sobre a eliminação e entender, também, quais comportamentos se caracterizam como ‘conduta indevida’ e que podem eliminar algum candidato do certame. Espaço segue aberto para manifestações.

Concurso público

O concurso visa o provimento de 15 vagas e formação de cadastro de reserva para o cargo de juiz substituto, sendo 5% do total das vagas reservadas para candidatos com deficiência e 20% destinadas a candidatos negros. O certame é composto por cinco etapas, sendo a primeira e a segunda executadas pela Fundação Getúlio Vargas, e as demais pela sua comissão organizadora. Todas, no entanto, serão realizadas em Campo Grande.

O prazo de validade do concurso será de dois anos, contados da publicação da homologação do resultado final, prorrogável, uma única vez, por igual período, a critério do Tribunal de Justiça. O gabarito preliminar da Prova Objetiva já foi divulgado e pode ser conferido aqui.