Candidatos ainda não sabem como ressarcimento será feito

​Candidatos com direito à isenção da taxa de inscrição do Concurso da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, com base na Lei n. 4.827, de 10 de março de 2016, que pagaram para participar do certame terão direito ao ressarcimento. Na última terça-feira (18), semanas após a publicação do indeferimento, um  novo resultado, dando deferimento ao requerimento, foi publicado no Diário Oficial do Estado

Informações divulgadas pela Fapems (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura de Mato Grosso do Sul) revelam que ao menos 65 mil pessoas se inscreveram no concurso que oferece 210 vagas entre os cargos de delegado (a), agente de polícia judiciária e escrivão (a) e salários que chegam a R$ 14.978,26.

Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, a princípio, 6,3 mil pedidos de isenção da taxa foram negados pela SAD (Secretaria de Estado e Desburocratização). De acordo com o edital nº3/2017 1.122 candidatos que se basearam na lei que isenta doadores de medula óssea tiveram o pedido negado.

A fim de não perder a inscrição, depois de ser informado sobre o indeferimento, um grupo de candidatos optou por pagar a taxa no valor de R$ 197,28, cada. No entanto, semanas depois uma nova publicação deferia às solicitações

“Fiz a inscrição para os cargos de agente de polícia judiciária e escrivão e indeferiram, mas dias depois deferiram. Não entendi o que houve porque não entrei com recurso, até porque não poderia, não preenchi de novo e simplesmente saiu uma lista deferindo o pedido de isenção. Procurei a SAD e disseram que o dinheiro será ressarcido e que isso seria publicado no Diário Oficial de ontem (quarta-feira, 19), mas até agora nada”, relata uma candidata de 26 anos.

Isentos que pagaram inscrição do concurso da PC esperam ressarcimento

“Agora estou esperando para saber como vão nos ressarcir porque mais de mil pessoas tiveram o pedido indeferido pelo mesmo motivo que eu e depois o pedido foi deferido. Não sei como e quando terei o dinheiro ressarcido”, observa.

Outro candidato, de 26 anos, que se inscreveu para os cargos de agente de polícia judiciária e escrivão, aguarda às orientações par ao ressarcimento.

“Os pedidos foram indeferidos e depois que paguei foram deferidos. Isso significa que devem ressarcir o dinheiro, mas estou esperando para saber se vão abrir um novo edital para explicar como teremos de proceder, ou, se vão pedir que a gente entre na Justiça, o que seria mais complicado”, frisa. ​

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com as assessorias de comunicação do governo do Estado e da Secretaria de Estado e Desburocratização, para obter um posicionamento sobre o assunto, no entanto, até o fechamento deste texto não houve resposta.