Programas atenderam mais de 54 mil estudantes em MS
Para quem pensa em ingressar no ensino superior em Mato Grosso do Sul com a ajuda de créditos estudantis poderá encontrar dificuldades. O Fies (Financiamento Estudantil) tem reduzido vagas ano a ano, e podem ser menos 2 mil vagas neste semestre. Já o Vale Universidade, este do governo estadual, sequer abriu seu processo seletivo que normalmente ocorre nos meses de janeiro.
As contratações do Fies no Estado começaram a sofrer redução em 2015, fruto dos cortes de gastos públicos; de 13.671 contratos firmados em 2014 caiu para 5.792 no ano seguinte – encolhimento de 57%. A diminuição na oferta continuou em 2016: O FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) pactuou somente 3.462 contratos no ano passado e a redução prevista para o primeiro semestre de 2017 chega a 40%, projeção de acordo com o comparativo dos últimos anos.
Os estudantes também enfrentam a incerteza do Vale Universidade, oferecido pelo governo. O programa foi criado pelo Decreto nº 12.466, de 18 de dezembro de 2007, para atender estudantes de universidade públicas e privadas, mas pela primeira vez em 9 anos de existência o benefício não abriu seu processo seletivo.
Na unidade que atende o Vale em Campo Grande, funcionários não sabem responder quando as inscrições serão abertas, ou pior, se o programa será oferecido ainda neste ano. O programa custeia 90% dos custos da mensalidade em instituições privadas, sendo 70% por conta do Governo do Estado; 20% de responsabilidade da instituição de ensino e 10% de contrapartida para os alunos. Nas universidades públicas o repasse é feito diretamente na conta do estudante, sendo o cálculo baseado na média da mensalidade do curso em outras universidades.
De acordo com a Sedhast (Secretaria De Estado De Direitos Humanos, Assistência Social E Trabalho), o programa não será cancelado, mas não divulgaram a data prevista para a abertura das vagas. Em 2014 o governo fechou 1.082 contratos, número que subiu para 1.626 no ano passado. Já o Vale Universidade indígena atendeu somente 164 índios nos últimos três anos.
