A FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) divulgou uma nota sobre o resultado do concurso público do magistério para a Rede Estadual de Ensino.

No documento, assinado pela diretoria da entidade de classe, há o questionamento sobre o número de vagas ofertadas e a forma como o conteúdo foi aplicado, já que houve muitas questões anuladas. A entidade ainda afirma que a prova privilegiou questões de conhecimentos gerais em detrimento de questões de conhecimentos ligados à área da Educação.

A nota também solicita ao Governo que, no próximo concurso, as vagas não preenchidas neste ocorrido, sejam somadas às já programadas. O resultado do concurso foi divulgado na edição do Diário Oficial do Estado da última segunda-feira, 02 de janeiro.

Confira a nota na íntegra:

Nota sobre o resultado do Concurso Público do Magistério em MS

A diretoria da FETEMS (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) vem através desta nota manifestar a sua opinião sobre o resultado do concurso público do magistério para a rede estadual de ensino de Mato Grosso do Sul.

Consideramos a realização do concurso público uma conquista, pois defendemos a valorização dos trabalhadores em educação, a carreira e a formação continuada dos servidores públicos.

Ainda há muito que fazer para que este avanço seja de fato o que queremos para a educação pública de MS, temos ciência que o número de vagas ofertadas foi insuficiente e a prova aplicada precisa ser reavaliada, já que boa parte do conteúdo cobrado na prova objetiva foi inadequado, prova disto são as 21 questões anuladas. Na nossa avaliação a prova tratou de questões como economia na área de conhecimentos gerais e deixou de cobrar conteúdos ligados à educação, como por exemplo, as legislações que regem a categoria.

Sabemos que também existe uma deficiência relacionada à formação dos educadores, algo que vem desde a faculdade que não prepara adequadamente os futuros profissionais para enfrentar o mercado de trabalho e situações como os concursos públicos, isso por causa da abertura desenfreada de novas universidades e cursos de ensino superior sem um controle e uma fiscalização adequada.

Enquanto Federação dos Trabalhadores em Educação de MS vamos debater e solicitar que o Governo do Estado reavalie a prova e ofereça além das 600 vagas previstas para o próximo concurso público do magistério, que será realizado no segundo semestre deste ano, as 347 vagas que não foram preenchidas neste concurso.