O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) caiu 0,19% em julho, na cidade de Campo Grande, menor inflação do Brasil. A Capital registra queda de inflação negativa desde junho deste ano. Além disso, o acumulado dos últimos 12 meses fechou em 5,01%, ou seja, 0,22 ponto percentual abaixo da média nacional.
No Brasil, o cenário é de inflação em alta de 0,26% no mês de julho. Além de Campo Grande, outras quatro cidades registraram deflação no mês: Rio Branco (-0,15%), Goiânia (-0,14%), Belém (-0,04%) e São Paulo (0,02%). O restante das regiões tiveram alta, com destaque para São Paulo, com 0,46%.
A inflação acumulada neste ano é de 2,55% em Campo Grande, terceira menor do país. O ranking é liderado por Rio Branco (2,03%) e Goiânia (2,09%). Já a média nacional é de 3,26%, ou seja, 0,71 ponto percentual acima do acumulado na Capital de Mato Grosso do Sul. Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgados nesta terça-feira (12).
Inflação dos alimentos em queda
O grupo Alimentação e Bebidas, mais uma vez, intensificou o recuo, passando de -0,12% em maio, para -0,51% em junho e -1,04% em julho. Ficaram mais baixos os preços de alimentos como batata-inglesa (-33,84%), tomate (-5,53%), cebola (-27,58%), cenoura (-22,02%) e morango (-16,09%), principais puxadores da queda da inflação dos alimentos em Campo Grande. A maior alta foi no preço do mamão, com 17,89%.
No valor acumulado do ano de 2025, os alimentos e as bebidas registram 0,99%, segunda menor inflação do Brasil, atrás apenas de Rio Brando (0,49%). No entanto, no acumulado dos últimos 12 meses, o grupo segue acima da média nacional, fechando em 8,1%.
Jogos de azar puxam alta de despesas pessoais
O grupo de Despesas Pessoais registrou alta de 0,81% em julho, em Campo Grande. O resultado interrompe um ciclo de quedas registrado em maio (-0,14%) e junho (-0,44%). O principal item responsável por esta alta são os jogos de azar, com 11,17% de inflação.
Também subiram na Capital os valores de: serviços e itens como cinema, teatro e concertos (3,76%), turismo (2,99%), hospedagem (2,61%), recreação (2,88%), cigarro (1,59%) e manicure (1,54%).
No Brasil, o IPCA das despesas pessoais fechou em 0,76% neste mês, ou seja, 0,05 ponto percentual abaixo do resultado da Capital. Ao ano, a variação é de 3,49% em Campo Grande, acima da média nacional de 3,28%. No entanto, o acumulado dos últimos 12 meses chega a 5,47%, 0,6 ponto abaixo do IPCA acumulado no país.
Educação, transporte e saúde mais caros
Educação, transporte e saúde são os outros setores da economia que ficaram mais caros no último mês. Todos esses grupos registraram queda na inflação em junho, mas mudaram de rota no mês seguinte.
O IPCA de Saúde e Cuidados Pessoais teve alta de 0,38%. Serviços dermatológicos registram alta de 1,59%, junto de medicamentos antidiabéticos (1,47%) e hospitalização e cirurgias (2,61%). Também subiram os preços de produtos para pele (3,68%), barba (2,18%) e higiene bucal (1,8%). A média nacional deste grupo também está em alta, fechando em 0,45%.
Já a inflação do transporte cresceu 0,15%. O que puxou a alta foram os preços de passagens aéreas (20,39%), ônibus interestaduais (2,57%) e intermunicipais (1,62%), conserto de automóvel (2,99%) e transporte público (0,36%). Já os preços de transporte por aplicativo caíram 3,82%, junto ao valor de automóveis novos (-1,42%) e da gasolina (-0,42%). No Brasil, a alta dos transportes foi ainda maior: de 0,35%.
Por fim, os gastos com educação tiveram leve alta, de 0,02% tanto em Campo Grande quanto no país. Na capital de MS, os principais itens que justificam este resultado são: cursos, leitura e papelaria (0,14%), cursos diversos (1,55%) e autoescola (2,55%). Houve queda nos seguintes subgrupos: livro didático (-0,54%), livro não didático (-0,33%) e cadernos (-0,16%).
Conta de luz puxa queda da habitação
O grupo Habitação registrou IPCA de 0,48% em Campo Grande. A principal queda foi no valor da energia elétrica, que teve inflação de -1,37% em julho, apesar da bandeira tarifária vermelha patamar 1, vigente desde junho, que adiciona R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos.
No mês anterior, a energia subiu 2,80%. Já no Brasil, houve alta de 2,64% na inflação da conta de luz em julho.
Também contribuíram para a baixa da inflação: sabão em pó (-1,25%), gás de cozinha (-0,6%),
taxas de condomínio (-0,66%), ferragens (-0,95%) e cimento (-0,63%). Porém, outros itens subiram de preço no quesito habitação, como amaciante e alvejante (0,9%), detergente (0,98%) e água sanitária (1,18%).
Mais setores puxam queda da inflação
Artigos de Residência registraram IPCA de -0,46% em julho. Baixaram os preços de vidros e louças (-2,43%), computador pessoal (-2,28%) e máquina de lavar (-1,94%). Porém, subiu a inflação do móvel infantil (2,94%), utensílios para bebê (1,87%) e roupas de cama (1,79%). No Brasil, a alta do grupo é de 0,14%.
O grupo Comunicação registrou IPCA de -0,23% em Campo Grande, com queda puxada pela inflação de aparelhos telefônicos: -1,52%. A única alta é do subitem serviços de streaming, com 0,99%. A tendência de queda é a mesma dos últimos dois meses, com IPCA de -0,21% em junho e -0,02% no mês anterior. No Brasil, o setor também registrou queda, de 0,11%.
Por fim, itens de Vestuário têm queda de 0,17% na inflação. Roupas masculinas obtiveram queda de 1,26%, roupas femininas, de 0,11%, e roupas infantis, 1,06%. Entretanto, o subgrupo sapatos acumula altas: masculino (0,96%), feminino (0,75%) e infantil (2,47%). No Brasil, o recuo no IPCA do vestuário é ainda maior: de -0,52%.
Campo Grande tem o menor INPC do Brasil
O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de Campo Grande caiu 0,27% em julho, o menor resultado do país. No acumulado do ano, o índice registra alta de 2,36%. Já nos últimos 12 meses, subiu 5,06%. Todos os valores estão abaixo da média nacional.
Os seguintes grupos registram baixa do INPC: alimentação e bebidas (-1,04%), habitação (-0,48%), comunicação (-0,28%), artigos de residência (-0,24%) e vestuário (-0,11%). No entanto, subiu o INPC dos seguintes itens: despesas pessoais (0,92%), saúde e cuidados pessoais (0,27%), educação (0,14%) e transportes (0,05%).
O INPC mede a inflação para famílias com rendimento entre 1 e 5 salários mínimos, sendo o chefe da família assalariado; já o IPCA é mais amplo, considerando famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte.
A coleta de preços é feita em dez regiões metropolitanas — Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre —, além de Brasília e nas capitais Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
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