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Economia

Ibovespa sobe 2,70%, aos 128,2 mil pontos, e avança 2,89% na semana

O apetite por ações na B3 foi reforçado por nova pesquisa Datafolha
Agência Estado -
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Com ganho de fôlego à tarde, o Ibovespa fechou na casa dos 128 mil pontos pela primeira vez no ano, em seu maior nível de encerramento desde 11 de dezembro, então perto dos 129,6 mil pontos. Nesta sexta-feira, o índice da B3 saiu de mínima a 124 849,48, correspondente à abertura, e mostrou forte dinamismo ao longo da tarde, tocando máxima a 128.481,66 pontos, com giro a R$ 26,5 bilhões. Na semana, avançou 2,89%, vindo de perda de 1,20% na anterior – até aqui, o único revés semanal de 2025. No ano, sobe 6,60% e, no mês, ganha 1,65%.

No fechamento desta sexta-feira, mostrava alta de 2,70%, aos 128 218,59 pontos, com grande impulso proporcionado por Petrobras (ON +3,60%, PN +3,08%), mesmo na contramão do petróleo na sessão, e pelas ações de grandes bancos, tendo BB ON (+4,74%) à frente nesta sexta-feira. Vale ON subiu 1,48%. Na ponta ganhadora do índice, Vamos (+9,17%), Hapvida (+8,19%) e CVC (+7,03%). No lado oposto, Petz (-1,79%), Suzano (-0,64%) e Porto Seguro (-0,51%). Apenas seis das 87 ações da carteira Ibovespa fecharam o dia no negativo. O ganho do índice na sessão foi o mais forte desde 30 de janeiro, quando subiu 2,82%.

O apetite por ações na B3 foi reforçado por nova pesquisa Datafolha, que trouxe queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no menor nível de seus três mandatos – restrita a 24% de aprovação, no último levantamento. Assim, o dólar à vista foi negociado abaixo de R$ 5,70 na mínima do dia, a R$ 5,6947, e no fechamento ainda mostrava perda de 1,26% na sessão, a R$ 5,6962. A curva de juros doméstica também refluiu com consistência após o levantamento do Datafolha.

“A aprovação do Lula caiu bastante, de 35% para 24%. Chama muito a atenção porque ele nunca teve uma avaliação tão ruim. A reprovação do governo foi recorde. E isso trouxe um otimismo maior. A bolsa, que estava subindo em torno de 1,80%, disparou para uma alta de mais de 2,70%”, observa Marcelo Bolzan, sócio da The Hill Capital, que menciona também fatores externos na configuração do recente ajuste de preços dos ativos.

“O dólar nesse patamar atual é uma surpresa bem grande, e a queda está muito mais relacionada ao cenário externo, ainda. Existia uma preocupação muito grande em relação às tarifas Trump, e o que vimos até o momento é que não aconteceu”, acrescenta Bolzan. Assim, segundo ele, a semana que havia começado de uma forma “muito mais preocupada” termina, agora, em registro positivo.

Ainda assim, o quadro das expectativas para o desempenho das ações no curtíssimo prazo está rigorosamente equilibrado no Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. As expectativas de alta, estabilidade e queda para o Ibovespa têm fatia de 33,33% cada, entre os participantes. Na edição anterior, 37,50% esperavam baixa para o índice e outros 37,50%, estabilidade, enquanto 25% previam ganho.

“O dia foi bom e os preços na Bolsa estavam muito comprimidos. O mercado continua a corrigir a distorção exagerada que foi o final do ano passado, com juros e dólar então muito para cima. Situação era bem menos desastrosa do que se precificava, o que aparece também na atual temporada de resultados trimestrais resilientes”, diz Felipe Moura, sócio e analista da Finacap.

Camilo Cavalcanti, gestor de portfólios na Oby Capital, destaca o fechamento observado na curva de juros na semana – expressivo hoje em especial nos trechos médios e longos -, o que contribui para desempenho positivo dos índices de crédito privado, com fechamento nos spreads dos títulos monitorados pelo Idex-CDI.

“Descompressão ocorre por vários motivos, a começar pelo ambiente internacional – em especial pela menor intransigência que tem sido mostrada, recentemente, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump com relação a tarifas de comércio exterior ” Dessa forma, acrescenta o gestor, o dólar perdeu força ante referências internacionais, e o real segue como melhor moeda do ano, o que o recoloca a níveis de fim de outubro, começo de novembro passado.

Além disso, “as primeiras falas públicas do presidente do BC, Gabriel Galípolo, após o último Copom, no fim de janeiro, também merecem atenção. Ele mantém o tom com relação às expectativas de inflação, com preservação do sinal de que a Selic voltará a subir na próxima reunião”, aponta Cavalcanti.

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