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Economia

Dólar tem leve queda com negociações entre China e EUA no radar e fecha a R$ 5,6548

Investidores ajustaram posições de forma cautelosa à espera do início das negociações comerciais entre norte-americanos e chineses
Agência Estado -
Imagem Ilustrativa. (Foto: Getty Images)

Após desvalorização de 1,46% na quinta-feira, 8, o dólar experimentou uma leve queda nesta sexta-feira, 9, e encerrou o pregão ainda acima do nível técnico de R$ 5,65. Divisas emergentes em geral ganharam terreno em dia marcado por uma rodada global de enfraquecimento da moeda americana. Por aqui, a leitura do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril praticamente em linha com as expectativas teve pouca influência na formação da taxa de câmbio.

Investidores ajustaram nesta sexta posições de forma cautelosa à espera do início das negociações comerciais entre norte-americanos e chineses a partir do sábado, 10. Não houve apetite para grandes apostas depois do rali dos ativos de risco na quinta com a notícia de acordo sobre tarifas entre EUA e Reino Unido, seguido de declarações mais amenas do presidente norte-americano, Donald Trump, em relação à .

Pela manhã desta sexta, o Trump afirmou, em publicação na Truth Social, que “uma tarifa de 80% para a China parece correta”. As taxas estão hoje em 145%. À tarde, a secretária de Comunicação da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que os EUA não vão reduzir as tarifas de forma unilateral e que precisam ver concessões por parte da China, que classifica as chamas tarifas recíprocas de “abusivas”.

Nas primeiras horas do pregão, o dólar até ensaiou um movimento de alta, em aparente ajuste após o tombo da quinta, e registrou máxima a R$ 5,6700.

A moeda trocou de sinal ainda pela manhã e, com mínima a R$ 5,6386, encerrou a sessão em queda de 0,11%, a R$ 5,6548.

Com as perdas na quinta e nesta sexta anulando os ganhos das três sessões anteriores, o dólar terminou a semana estável. A divisa recua 0,38% em maio e 8,50% no ano.

O economista da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, observa que houve uma melhora do ambiente para divisas emergentes nos últimos dias com os sinais recentes de flexibilidade por parte do governo americano, com anúncio de que várias negociações comerciais em andamento e disposição para dialogar com a China.

“Ontem, tivemos um movimento mais forte de busca por ativos de risco. Vemos hoje uma postura mais cautelosa na véspera das negociações. Trump pode mudar a sinalização de uma hora para outra sem qualquer justificativa lógica”, afirma Velloni, que vê o nível atual da taxa de câmbio com uma espécie de piso, em razão, sobretudo, dos desafios fiscais locais, que devem emergir com mais força no segundo semestre.

Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY apresentou queda moderada, mas manteve-se acima da linha dos 100,000 pontos, rodando na casa dos 100,300 pontos no fim da tarde. Na semana, o Dollar Index sobe cerca de 0,30%, passando a acumular alta por volta de 0,70% em março, diminuindo as perdas no ano para menos de 8%.

A economista-chefe da Armor Capital, Andrea Damico, ressalta o impacto sobre o dólar das sinalizações positivas relacionadas à guerra comercial e a decisão do Federal Reserve na última quarta-feira, 7, de manter a taxa básica americana inalterada.

“Em seu discurso, Jerome Powell adotou uma abordagem ainda cautelosa, reiterando que existem riscos altistas tanto para a quanto para o , e que a política monetária atual está em boa posição para avaliar os dados prospectivos”, afirma Damico, em referência ao presidente do Fed.

Por aqui, o Copom elevou na quarta-feira a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, para 14,75% ao ano, em um comunicado visto como dovish, uma vez que trouxe um balanço de riscos equilibrado para a inflação.

A avaliação de analistas ouvidos pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) é a de que o comitê pode ter encerrado o ciclo de alta da Selic, mas vai manter o juro em nível contracionista por período prolongado. Esse quadro dá certo suporte ao real ao estimular operações de carry trade e encarecer manutenção de posições compradas em dólar.

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