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Economia

Após dois pregões de baixa, dólar tem ligeira alta com exterior

A moeda perdeu parte do ímpeto altista ainda pela manhã
Agência Estado -
(Reprodução, Agência Brasil)

Após dois pregões consecutivos de queda, em que acumulou desvalorização de 1,26%, o dólar encerrou a sessão desta quarta-feira, 8, em alta de 0,08%, cotado a R$ 6,1090, após mínima a R$ 6,1029 na última hora de pregão. Apesar de sinais de que o governo Lula vai apertar o cinto neste início de ano terem trazido certo alívio aos prêmios de risco, o mercado de câmbio local praticamente replicou hoje o comportamento da moeda americana no exterior.

Nas primeiras duas horas de negócios, o dólar ensaiou uma alta mais forte e superou R$ 6,15 na , embalado pela aversão ao risco provocada pelo temor de novas medidas protecionistas de . Segundo relatos da CNN, o presidente eleito dos EUA estaria cogitando declarar emergência nacional como forma de abrir espaço legal para imposição de tarifas universais.

A moeda perdeu parte do ímpeto altista ainda pela manhã, após dados sugerirem acomodação do mercado de trabalho americano, com geração de vagas aquém da esperada no setor privado em dezembro, segundo relatório ADP. Houve também comentários de dirigentes do Federal Reserve acenando com espaço para continuidade do movimento de redução dos juros.

Divulgada no fim da tarde, a ata do encontro de política monetária do Fed em dezembro, quando o presidente da instituição, Jerome Powell, reiterou que integrantes do BC americano concordaram em indicar que o ajuste adicional da política monetária será mais lento daqui para frente.

A ausência de novidades na ata do Fed contribuiu para que investidores mantivessem a aposta majoritária em novo corte de 25 pontos-base na taxa básica dos EUA, apesar dos ruídos provocados por ameaças de Trump. Teme-se que a conjunção de política protecionista com corte de impostos traga pressões inflacionárias.

Para o superintendente da mesa de derivativos do BS2, Ricardo Chiumento, a taxa de câmbio nos níveis atuais ainda embute prêmios de risco elevados, em razão de um quadro de muitas incertezas neste início de ano.

Do lado externo, há receio dos impactos econômicos da nova administração Trump, o que ficou evidente na reação dos ativos a ameaça de imposição de tarifas. Do lado interno, investidores monitoram o quadro fiscal, diante de acenos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de maior rigor na execução orçamentária e até de novas medidas de contenção de gastos.

“O real se descolou muito do índice do dólar (DXY) em dezembro com a discussão do pacote fiscal. Estamos vendo uma recuperação recente do real nos últimos dias, mas ainda devemos ter muita volatilidade”, diz Chiumento, que trabalha com taxa de câmbio média de R$ 5,90 neste ano. “Com fiscal mais acomodado e taxa Selic chegando a 15% no primeiro semestre, a tendência é de carry positivo mesmo com o Fed mais cauteloso, o que pode atrair investidores”.

A ausência de uma lei orçamentária aprovada pode facilitar o trabalho da Fazenda e do Planejamento em convencer o restante do governo a adotar um decreto de execução de despesas mais restritivo neste início de ano. A avaliação é de integrantes da ala econômica ouvidos pelo Broadcast.

A proposta estudada pela equipe é de limitar as despesas dos ministérios a um dezoito avos (1/18) do orçamento no início do ano. A informação foi publicada pelo jornal Valor Econômico e confirmada pelo Broadcast com fontes da equipe econômica.

Lá fora, termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY, que chegou a superar os 109,300 pontos pela manhã, perdeu força e trabalhou pontualmente abaixo dos 109,000 pontos após a divulgação da ata do Fed, levando o dólar às mínimas da sessão no mercado local, na casa de R$ 6,10.

Entre as demais moedas, destaque para a alta do peso chileno, uma das raras divisas emergentes a se fortalecer hoje, em novo dia de valorização do cobre. Na outra aponta, a libra esterlina perdeu mais de 80% diante da disparada das taxas dos Gilts de 10 anos, que atingiram o maior nível desde 2008, reflexo de preocupação com as contas públicas no .

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