Taxa de desocupação atinge menor índice desde 2014
Desocupação é uma condição em que uma pessoa está sem trabalho, mas está disponível para começar um emprego e tomou medidas para encontrá-lo
Osvaldo Sato –
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A taxa de desocupação no trimestre encerrado em outubro de 2024 foi de 6,2%, uma queda de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre de maio a julho de 2024 (6,8%) e uma redução de 1,4 ponto percentual em comparação ao mesmo período de 2023 (7,6%). Este foi o menor índice desde o início da série histórica da PNAD Contínua, em 2012.
A população desocupada somou 6,8 milhões de pessoas, registrando uma diminuição de 8,0% (menos 591 mil pessoas) no trimestre e de 17,2% (menos 1,4 milhão) no ano, o que representa o menor número de desocupados desde o final de 2014.
O número de pessoas ocupadas atingiu um novo recorde histórico de 103,6 milhões, com aumento de 1,5% (mais 1,6 milhão) no trimestre e de 3,4% (mais 3,4 milhões) no ano. O nível de ocupação (proporção de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) alcançou 58,7%, também um recorde, com crescimento de 0,8 ponto percentual no trimestre e de 1,5 ponto percentual em relação ao ano passado.
A taxa composta de subutilização da força de trabalho caiu para 15,4%, com uma redução de 0,8 ponto percentual no trimestre e de 2,1 pontos percentuais no ano. Este foi o menor índice para um trimestre encerrado em outubro desde 2014. A população subutilizada, que inclui aqueles que desejam trabalhar mais horas, foi de 17,8 milhões, também o menor número desde maio de 2015.
A população subocupada por insuficiência de horas manteve-se estável no trimestre, mas registrou queda de 5,8% no ano, com uma diminuição de 314 mil pessoas. Já a população fora da força de trabalho foi de 66,1 milhões, com uma redução de 0,9% no trimestre e de 0,8% no ano.
O número de pessoas desalentadas, aquelas que desistiram de procurar emprego, foi de 3,0 milhões, a menor marca desde 2016. Esse grupo caiu 5,5% no trimestre e 11,7% no ano. O percentual de desalentados também caiu 0,2 ponto percentual no trimestre e 0,4 ponto percentual no ano.
Setor privado possui 53,4 milhões de empregados
Em relação ao setor privado, o número de empregados atingiu 53,4 milhões, com aumento de 1,9% no trimestre e 5,0% no ano. O número de empregados com carteira assinada também foi recorde, com 39,0 milhões, um aumento de 1,2% no trimestre e de 3,7% no ano. O número de empregados sem carteira assinada também atingiu um recorde de 14,4 milhões, com alta de 3,7% no trimestre e 8,4% no ano. No setor público, o número de empregados foi de 12,8 milhões, o maior da série, com uma alta de 5,8% no ano.
O número de trabalhadores autônomos ficou estável, somando 25,7 milhões, enquanto o número de trabalhadores domésticos aumentou 2,3% no trimestre, com 6,0 milhões de pessoas. A taxa de informalidade, que abrange trabalhadores informais no setor privado, foi de 38,9%, com 40,3 milhões de trabalhadores informais.
O rendimento real habitual de todos os trabalhos ficou em R$ 3.255, sem variação significativa no trimestre, mas com um crescimento de 3,9% no ano. A massa de rendimento real habitual cresceu 2,4% no trimestre, alcançando R$ 332,6 bilhões, e 7,7% no ano.
A força de trabalho no trimestre de agosto a outubro de 2024 atingiu 110,4 milhões de pessoas, um novo recorde, com crescimento de 0,9% no trimestre e 1,8% no ano.
No que se refere às atividades econômicas, três setores se destacaram no aumento da ocupação frente ao trimestre anterior: Indústria (2,9%), Construção (2,4%) e Outros serviços (3,4%). Já, em relação ao mesmo período do ano anterior, sete grupamentos apresentaram crescimento, incluindo Indústria (5,0%), Construção (5,1%) e Comércio (3,3%).
Taxa de informalidade cresceu
A taxa de informalidade subiu para 38,9%, com um recorde de 40,3 milhões de trabalhadores informais, enquanto o rendimento médio real habitualmente recebido pelos trabalhadores no trabalho principal registrou alta em algumas categorias, como Transporte (4,9%) e Informação (4,2%).
Em resumo, a PNAD Contínua de agosto a outubro de 2024 revelou um cenário de crescimento contínuo da ocupação, com recordes históricos tanto no número de pessoas ocupadas quanto na taxa de ocupação, refletindo a recuperação e expansão do mercado de trabalho no Brasil.
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