IBGE: Produção de grãos cresce 24,1% em Mato Grosso do Sul em outubro
Estado ocupa a 5ª posição de maior participação de produção no país
Karina Campos –
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O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quinta-feira (14) o primeiro prognóstico da produção nacional de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas para 2025. Mato Grosso do Sul teve crescimento de 24,1% na produção em outubro.
Quanto à estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, o Estado ocupa a 5ª posição de maior participação de produção do país, com 6,8%, ficando abaixo de Mato Grosso (31,3%), Paraná (12,8%), Rio Grande do Sul (12,0%) e Goiás (10,7%).
O balanço do IBGE destaca que, na estimativa da 3ª safra de feijão, outubro marcou 796,8 mil toneladas, reduções de 0,3% na produção e de 0,4% na área a ser colhida sobre o mês anterior. Paraná e Mato Grosso do Sul, estados pouco representativos nessa safra de feijão, indicaram redução de 12,5% e 73,6% na estimativa de produção, respectivamente.
O milho 1ª safra apresentou uma produção de 22,8 milhões de toneladas, declínio de 0,3% em relação ao mês anterior no cenário nacional. Contudo, o Estado está entre as unidades federativas com menores índices, de -5,4%. No milho 2ª safra apresentou queda mensal sua produção em 10,7%, com uma queda de 978,2 mil toneladas em relação a setembro, ainda refletindo a falta de chuvas e as temperaturas elevadas durante a época.
Já a produção da soja, o Estado teve leve declínio, de 0,3%. Contudo, esses ajustes não afetaram percentualmente a estimativa nacional, que se manteve estável neste mês.
Custo da soja
De acordo com o boletim Preço X Comercialização, produzido pela Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja de MS), o preço médio disponível da saca de soja no mês de outubro foi de R$ 128,81 no Estado.
Por outro lado, o preço médio futuro da saca da oleaginosa foi de R$ 115,10, em outubro. O valor representa queda de 0,4% em relação ao mesmo período de 2023, quando o preço foi de R$ 115,56 por saca.
A comercialização da soja safra 2023/2024 atingiu 98%, avanço de 6% na movimentação comercial em relação ao mesmo período da safra anterior, com preço médio ponderado pelo volume comercializado de R$ 119,14 por saca. A safra 2024/2025 teve 7,8% do volume produzido negociado até o fim de outubro, ao preço médio ponderado de R$ 120,37 por saca, avanço de 8,3% em relação ao mesmo período da safra antecessora.
Cenário nacional
O IBGE prevê safra de 311,0 milhões de toneladas para 2025, alta de 5,8% frente a 2024, mais de 17,2 milhões de toneladas. A estimativa de outubro para a safra 2024 de cereais, leguminosas e oleaginosas alcançou 293,8 milhões de toneladas, com queda de 6,9% (ou menos 21,6 milhões de toneladas) frente à safra 2023 (315,4 milhões de toneladas). Em relação a setembro, houve decréscimo de 1.368.218 toneladas (-0,5%).
O arroz, o milho e a soja, são os três principais produtos deste grupo, somados, representam 92,1% da estimativa da produção e respondem por 87,2% da área a ser colhida.
Frente a 2023, houve acréscimos de 15,9% na área do algodão herbáceo (em caroço), de 5,7% na do arroz em casca, de 6,7% na do feijão, de 3,3% na da soja, ocorrendo declínios de 3,3% na área do milho (reduções de 9,5% no milho 1ª safra e de 1,4% no milho 2ª safra), de 11,8% na do trigo e de 1,6% na do sorgo.
Na produção, houve aumentos de 14,5% no algodão herbáceo (em caroço), de 2,8% no arroz, de 5,3% no feijão e de 5,3% no trigo. Já a soja (-4,9%), o milho (-11,9%, sendo -17,6% no milho 1ª safra e -10,3% no milho 2ª safra) e o sorgo (-8,7%) apresentaram quedas.
Café
Para o café arábica, a produção estimada foi de 2,4 milhões de toneladas ou 40,1 milhões de sacas de 60 kg, declínio de 4,3% em relação a setembro, tendo crescido 1,6% em relação ao ano anterior. Minas Gerais reavaliou suas estimativas de produção do café arábica em outubro, havendo uma redução de 6,2% em relação ao mês anterior. O rendimento médio declinou 7,3%, enquanto a área colhida cresceu 1,2%.
Para o café canephora, a estimativa da produção foi de 1,0 milhão de toneladas ou 17,1 milhões de sacas de 60 kg, acréscimo de 1,0% em relação ao mês anterior, com aumento de 1,1% no rendimento médio. Com relação a 2023, a produção apresenta um declínio de 2,6%, havendo quedas de 1,4% na área colhida e de 1,2% no rendimento médio.
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