Governo Federal adia lançamento do Plano Safra 24/25 e entidades apontam divergências econômicas

Plano Safra é um dos mais importantes programas do Governo Federal para destinação de crédito a produtores rurais

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Lavoura (Reprodução: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).

O lançamento do Plano Safra 2024/2025 foi adiado para a quarta-feira da próxima semana, dia 3 de julho. O programa, que é um dos mais importantes do Governo Federal para destinação de crédito a produtores rurais, deveria acontecer nesta quarta-feira (26). Entidades alegam que o adiamento tem motivação econômica.

No entanto, segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, a mudança no lançamento do programa não tem relação com divergências com a equipe econômica em torno do tamanho do financiamento, como alguns setores especulam.

A decisão foi anunciada hoje após encontro do ministro com o presidente Lula e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

“Como a gente vai fazer uma entrega bonita, para vocês (imprensa) tirarem foto, não dava para fazer de hoje para amanhã. Então, ganhamos uma semana para preparar o evento”, disse Teixeira. “Tudo vai ser resolvido”, completou.

Críticas ao adiamento 

A FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária) emitiu nota no início da tarde desta terça (25) criticando o adiamento. 

“A FPA lamenta profundamente o adiamento do Plano Safra 2024/25, numa total demonstração de desorganização e ineficiência do governo federal. Importante ressaltar que os produtores rurais ficarão descobertos durante a primeira semana de vigência do plano, ou seja, todos os problemas que estiverem na proposta inicial ainda precisarão ser corrigidos, o que leva mais tempo ainda para a chegada do crédito real aos produtores”, disse a entidade.

Impasse econômico

O setor produtivo busca um aporte superior a R$ 500 bilhões, no entanto, o valor exato ainda não foi definido pela equipe econômica do governo. No ano passado, o valor liberado para os produtores foi de R$ 435,8 bilhões.

No entanto, entidades ligadas ao agronegócio pediram ao Executivo aporte de R$ 570 bilhões, com R$ 470 bilhões a serem destinados aos médios e grandes produtores, e R$ 100 bilhões para o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

Especula-se que não há consenso sobre o valor a ser liberado aos produtores rurais e que a criação de medidas de apoio financeiro ao Rio Grande do Sul tomaram conta da agenda.

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