Confiança dos comerciantes de Campo Grande recua pelo segundo mês consecutivo

Indefinições relacionadas ao futuro da taxa Selic, à inflação e às contas públicas também pressionam as expectativas dos comerciantes, explica economista

Valesca Consolaro – 03/09/2024 – 15:16

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Movimentação no comércio de Campo Grande. (Alicce Rodrigues, Midiamax)

No mês de agosto, a confiança dos comerciantes campo-grandenses registrou queda, conforme aponta pesquisa do ICEC (Índice de Confiança do Empresário do Comércio), divulgado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio). Esta marca a segunda retração consecutiva, após agosto registrar 104 pontos, enquanto em julho foi de 106,6.

Conforme divulgado, esse índice vai ao encontro do indicador nacional, em que também houve recuo. No país, a confiança do comércio registou 108,7 pontos, com queda de 1,5% em relação a julho.

Em Campo Grande, para 30,1% dos entrevistados, as condições atuais da economia pioraram um pouco. Além disso, 42% afirmam que as condições pioraram muito. A afirmação negativa predomina entre os que têm mais de 50 funcionários.

A economista do IPF-MS (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS), Regiane Dedé de Oliveira, explica que a retração pode ser atribuída à queda de 1% do comércio ampliado em junho, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

As indefinições relacionadas ao futuro da taxa Selic, à inflação e às contas públicas também pressionam as expectativas. A pesquisa traz pontos favoráveis, importantes para entender o dinamismo do segmento. 

“Os indicadores ‘Expectativa para a economia’ e ‘Expectativa para o comércio’ mostram as tendências do que vem pela frente e, nesse quesito, o empresário está otimista, respectivamente, registrando 59,9% e 74,9% das respostas. Empresário otimista representa uma economia também positiva”, disse.

Consumidores têm visão positiva

Em contrapartida, a pesquisa da ICF (Intenção de Consumo das Famílias) de Campo Grande registrou aumento em agosto, quando comparado a julho, ficando em 108,7 pontos ante os 108,5 do mês anterior.

O resultado foi divulgado na última quarta-feira (28), pela CNC. O índice se mantém acima dos 100 pontos, nível considerado na zona positiva da pesquisa.

Conforme divulgado, dos sete indicadores apurados, quatro apresentaram índice positivo. Entre as maiores variações estão a compra a prazo (2,9%), seguida pela perspectiva profissional (0,4%). Em seguida, há a renda atual e o nível de consumo que registraram 0,3%.

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