Campo Grande apresentou leve aumento no valor da cesta básica no mês de junho, segundo levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgado nesta quinta-feira (4).

O valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em 10 das 17 capitais onde o Dieese realiza a pesquisa mensalmente. Entretanto, Campo Grande foi a capital que teve o menor aumento entre maio e junho, de 0,05%, e custando R$ 748,89.

As maiores elevações ocorreram no Rio de Janeiro (2,22%), em Florianópolis (1,88%), Curitiba (1,81%) e Belo Horizonte (1,18%). Já as principais quedas foram registradas em Natal (-6,38%) e Recife (-5,75%).

São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 832,69), seguida por Florianópolis (R$ 816,06), Rio de Janeiro (R$ 814,38) e Porto Alegre (R$ 804,86). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 561,96), Recife (R$ 582,90) e João Pessoa (R$ 597,32).

Valores da cesta

A comparação dos valores da cesta, entre junho de 2023 e junho de 2024, mostra que o custo da cesta básica aumentou em 13 cidades, com destaque para as variações no Rio de Janeiro (9,90%), em Curitiba (7,66%), Brasília (7,51%) e Belo Horizonte (6,94%). A retração mais importante foi registrada em Recife (-6,16%). Campo Grande registrou aumento de 2,56%.

Nos seis meses de 2024, todas as cidades tiveram elevação nos preços médios e os percentuais variaram entre 4,29%, em Vitória, e 10,62%, em Fortaleza. A Capital de Mato Grosso do Sul é uma das que teve maior variação, chegando a 7,34%.

Com base na cesta mais cara, que, em junho, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família, Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Em junho de 2024, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.995,44 ou 4,95 vezes o mínimo de R$ 1.412,00. Em junho de 2024, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica em Campo Grande foi de 116 horas e 41 minutos.

Produtos da cesta básica

O preço do leite integral ficou mais caro em 16 das 17 capitais. A menor oferta do leite no campo elevou o preço dos derivados no varejo. O valor do quilo da batata subiu em nove das 10 capitais da região Centro-Sul, onde o tubérculo é pesquisado, com variações entre 1,20%, em Campo Grande, e 17,73%, em Brasília, entre maio e junho.

O preço comercializado do óleo de soja subiu em 12 das 17 capitais entre maio e junho, com destaque para as taxas observadas em Florianópolis (6,67%) e Campo Grande (3,91%). Na Capital, o preço não variou. A maior demanda pelo grão e a valorização do dólar provocaram o aumento do preço da soja e dos derivados.

Entre maio e junho, o custo do quilo da carne bovina de primeira diminuiu em 15 capitais. As variações ficaram entre -2,24%, em Aracaju, e -0,03%, em Curitiba. Em 12 meses, o preço médio caiu em todas as cidades, com destaque para Campo Grande (-8,74%), Porto Alegre (-8,28%) e Florianópolis (-8,08%). A maior oferta de carne reduziu o preço no varejo.