Os dados da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgados nesta sexta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que o setor de vendas do comércio varejista de Mato Grosso do Sul obteve um recuo de -4,1%, pior índice dos últimos 12 meses.

No setor de comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, o Estado teve um recuo de -7% no mesmo período, maior queda dentre as 27 Unidades da Federação.

No panorama nacional, o acumulado do ano chegou a 1,3%, enquanto nos últimos 12 meses ficou em 0,8%. Na comparação interanual, o comércio teve um recuo de -1,0% em comparação a maio de 2022, marcando a primeira taxa negativa após nove meses de altas.

Mato Grosso do Sul registra maior queda nas vendas dos últimos 12 meses

Na análise regional, o comércio varejista obteve resultados negativos em 23 das 27 Unidades da Federação entre abril e maio. Mato Grosso do Sul registrou a quarta maior queda (-4,1%), atrás apenas de Alagoas (-5,9%), Rondônia (-5,3%) e Paraíba (-4,6%).

Com a queda, Mato Grosso do Sul teve o pior índice de vendas dos últimos 12 meses. Até então a maior queda havia sido registrada em novembro do ano passado (-2,5%).

Entre os estados que registraram altas estão Tocantins (1,8%), Maranhão (0,4%) e Minas Gerais (0,4%). O Amazonas apresentou estabilidade (0,0%).

No setor do comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e material de construção, Mato Grosso do Sul registrou a maior queda do país, com recuo de -7%.

O recuo também foi registrado em 22 das 27 Unidades da Federação. Além de MS, destacam-se Maranhão (-4,8%) e Minas Gerais (-4,7%). No lado das altas, destacam-se o Pará (-5,8%), o Ceará (-2,3%) e o Amazonas (-1,9%).

Conforme o levantamento, o volume total de vendas do comércio varejista ampliado apresentou queda de 1,1% em maio. A atividade de veículos e motos, partes e peças cresceu 2,1%, enquanto o setor de material de construção teve queda de 0,9%.

Setor alimentício obteve pior desempenho do mês

De oito atividades pesquisadas, quatro apresentaram taxas positivas e quatro negativas. Entre os setores que registraram índices negativos destacam-se o de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. Em maio o segmento recuou -3,2% após apresentar crescimento de 3,6% em abril.

O setor de tecidos, vestuário e calçados teve queda de (-3,3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,3%) e móveis e eletrodomésticos (-0,7%).

Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, esses setores foram fortemente impactados pela redução de lojas físicas de grandes cadeias. Nem mesmo o dia das mães, data que costuma aquecer o comércio em maio, conseguiu reverter o efeito.

Em contrapartida, o setor de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria cresceu 2,3% em maio.

Também foram registradas taxas positivas no setor de livros, jornais, revistas e papelaria (1,7%), combustíveis e lubrificantes (1,4%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,1%).