Servidores da agência de mineração de MS pedem reestruturação para fiscalização e arrecadação

Grupo pediu atenção para extração de minérios sem fiscalização e contribuição no Estado

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Manifestação de servidores que atuam no Estado (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Com faixas, servidores do ANM (Agência Nacional de Mineração) da unidade de Mato Grosso do Sul reivindicaram atenção do Governo Federal para reestruturação do órgão. O ato aconteceu na manhã desta segunda-feira (28), durante agenda da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, em frente ao Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande.

Luiz Cláudio, gerente regional da ANM, explica que o Estado deixa de arrecadar e colher contribuição diante de fiscalizações de recursos minerais. Ele reforça que há uma defasagem econômica na distribuição de recursos para monitoramento da mineração, o Estado estaria recebendo 50% a menos do ideal para fiscalização.

“Para os municípios, além de regular as minerações de agromineral e minério de ferro, contribuiria para arrecadação da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), de 65% para municípios e 25% estados e restante distribuído para a gente”, explica.

A categoria alega que a restruturação dos recursos e efetivo irá garantir combate à sonegação e nas autorias, que atualmente recolhe R$ 13 milhões, sendo R$ 25 milhões o esperado para o ano.

“Ministério das Minas e Energia, nosso ministro nem nos recebe. O orçamento pode estruturar a ANM, existe e está na secretaria dela [Simon]. [Esperamos] que seja sensibilizada, informe ao ministro de Minas e Energia”.

Luiz Cláudio, Gerente regional da ANM (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Evitar sonegações

A categoria relata que muitos contribuintes não recolhem a CFEM, com isso, o Estado deixa de arrecadar pela contribuição sustentável. Antônio José Ribeiro, engenheiro de minas, explica que Ladário e Corumbá possui extração de ferro e manganês, sendo que grande parte da compensação é revertida para o município, entretanto, está deixando de ser recolhido.

Conforme os dados da ANM, até abril deste ano, cerca de 151 empresas realizaram operações envolvendo minério em Mato Grosso do Sul. O montante de produção alcançou R$ 26.951.536,68 em CFEM.

Já entre 2015 e 2023, a arrecadação da CFEM soma R$ 372 milhões, enquanto operaram em média 148 empresas. Conforme a Semadesc (Secretaria do Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), um exemplo de extração acontece na Serra da Bodoquena, que é uma reserva de calcário dolomítico e calcítico, fosfato e mármores.

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