Selic em 13,75% prejudica sobrevivência das empresas, diz Fiems após anúncio do Copom

A manutenção da Selic em 13,75% prejudica sobrevivência das empresas brasileiras, diz em nota a Fiems (Federação das Indústrias do Mato Grosso Do Sul) após anúncio do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, nesta quarta-feira (21), que manteve a taxa. Mesmo com a queda da inflação e das pressões do governo, o Banco […]

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Edifício-Sede do Banco Central em Brasília. (Divulgação)

A manutenção da Selic em 13,75% prejudica sobrevivência das empresas brasileiras, diz em nota a Fiems (Federação das Indústrias do Mato Grosso Do Sul) após anúncio do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, nesta quarta-feira (21), que manteve a taxa.

Mesmo com a queda da inflação e das pressões do governo, o Banco Central não mexeu nos juros. Por unanimidade, Copom manteve a taxa Selic, juros básicos da economia, em 13,75% ao ano. A decisão já era esperada por analistas financeiros que apostam em queda apenas a partir de agosto.

“O comitê avalia que a conjuntura demanda paciência e serenidade na condução da política monetária e relembra que os passos futuros da política monetária dependerão da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, informou o Conselho em nota.

Segundo a Fiems, a permanência da taxa de juros ocasionará dificultará a manutenção e recuperação da atividade econômica nos próximos semestres, inibindo investimentos e reduzindo o potencial de crescimento.

“O que preocupa não é a decisão pura e simples do Copom, mas a situação das empresas, que não estão mais conseguindo pagar os juros nesses patamares, que se encontram muito acima do nível que é compreendido como neutro. Vemos um grande esforço nacional para conter a inflação, redução dos preços de combustíveis e de diversas matérias-primas, mas a taxa de juros permanece elevada”, disse o presidente da Fiems, Sérgio Longen.

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