Pular para o conteúdo
Economia

Mercado ensaia realização com virada dos Treasuries e taxas têm viés de alta

Os juros futuros fecharam o dia com viés de alta, perto dos ajustes desta quinta, 20, num ambiente de liquidez que vem sendo cada vez menor com a proximidade das festas de fim de ano. O mercado tentou realizar lucros a partir do avanço das taxas dos Treasuries e em meio ao leilão grande de … Continued
Agência Estado -
(reprodução)

Os juros futuros fecharam o dia com viés de alta, perto dos ajustes desta quinta, 20, num ambiente de liquidez que vem sendo cada vez menor com a proximidade das festas de fim de ano. O mercado tentou realizar lucros a partir do avanço das taxas dos Treasuries e em meio ao leilão grande de títulos prefixados. Porém, a correção foi limitada pela perspectiva de desinflação global reforçada após dados fracos nos Estados Unidos e pelo avanço da agenda econômica no Congresso, com a expectativa pela votação do Orçamento de 2024 e do projeto de tributação das apostas esportivas. O Relatório Trimestral de (RTI) e as entrevistas dos dirigentes do foram acompanhados, mas sem impacto sobre a curva.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 encerrou em 10,060%, de 10,049% ontem no ajuste. O DI para janeiro de 2026 terminou com taxa de 9,61%, de 9,59%. A taxa do DI para janeiro de 2027 passou de 9,67% para 9,72%, e a do DI para janeiro de 2029, de 10,07% para 10,11%.

Os juros dos Treasuries, que seguem como referência importante para a renda fixa no mundo todo, recuavam pela manhã, influenciados pelo crescimento de 4,9% do PIB dos EUA, levemente abaixo do esperado (5,2%), e pelo núcleo do índice de preços gastos com consumo (PCE) com alta de 2%, em linha com a meta do Federal Reserve para inflação, ambos referentes ao terceiro trimestre. Os indicadores estimularam ainda mais as apostas de queda de juros nos EUA em 2024, com o mercado chegando hoje a precificar um orçamento total de 175 pontos-base.

Nesse contexto global, foi difícil para o mercado aqui engatar uma realização, ainda mais com o dólar em queda firme, chegando nas mínimas à casa de R$ 4,86. No fim da primeira etapa, porém, os yields passaram a subir. A curva local acompanhou, mas com alta moderada até porque, apesar da inversão de sinal, o retorno da T-Note de dez anos, por exemplo, manteve-se abaixo de 3,90%.

Ainda na primeira etapa, a oferta robusta do Tesouro trouxe volatilidade às taxas na B3, especialmente no miolo, onde estavam concentrados os maiores lotes do leilão. O Tesouro ofertou 23 milhões de LTN, sendo 1 milhão para 1/10/2024, 12 milhões no papel para 1/10/2025 e 10 milhões para 1/7/2027, com venda efetiva total de 20,5 milhões. Nas NTN-F, a instituição ofertou 1,5 milhão e colocou 1,350 milhão.

O estrategista-chefe da Monte Bravo, Alexandre Mathias, diz não ver espaço para uma realização consistente na curva na medida em que a dinâmica para a renda fixa segue bastante favorável, dada a perspectiva de continuidade da desinflação e a tendência de menor volatilidade nos Treasuries. “Se o cenário global se confirmar benigno, a inflação continuar caindo e não houver mudança da meta fiscal, a pode chegar a 9,5%”, afirmou. A expectativa da Monte Bravo por ora é de taxa terminal de 10,00%, mas deve ser revisada para baixo.

Na avaliação de Mathias, a ponta curta está com pouco prêmio, mas poderá ter uma nova pernada caso se desenhe a trajetória de Selic em um dígito. “A ponta longa ainda tem prêmio, especialmente nas NTN-B”, afirma, citando que o cenário de inflação pode ficar ainda mais favorável considerando a expectativa de mais valorização do câmbio, com possíveis novas levas de fluxo para a bolsa e renda fixa. “O dólar pode chegar a R$ 4,70 ainda no primeiro semestre.”

Mathias, da Monte Bravo, disse que o Relatório de Inflação não trouxe nada que mudasse a percepção sobre a Selic. Na entrevista, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, enfatizou que o ritmo de corte de 0,50 ponto porcentual é adequado e que “próximas reuniões” significam duas, portanto, com sinalização até março. Reafirmou que o ritmo não está diretamente ligado ao resultado fiscal do governo nem com medidas específicas de arrecadação ou corte de despesas.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
acessibilidade cadeirante vagas

MS é o estado com o maior percentual de moradores em ruas com rampas de acessibilidade

Na volta do feriado, deputados vão inaugurar refeitório, receber mães atípicas e realizar audiência

Bolsonaro permanece na UTI e tem melhora em exames laboratoriais

Poda

Saiba como solicitar online a poda e remoção de árvore em Campo Grande

Notícias mais lidas agora

Em 10 dias, quatro mulheres foram esfaqueadas por ex-companheiros em MS

Semana Santa: mais de 100 padres renovam votos em Missa do Cristo em Campo Grande

‘Boom’ imobiliário transforma Inocência em canteiro de obras e aluguel chega a R$ 15 mil

Prefeitura da Capital abre processo de contratação para manutenção em consultórios odontológicos

Últimas Notícias

MidiaMAIS

Semana Santa: Confissões, jejum e fé renovam a caminhada espiritual dos fiéis

Este é o período mais importante do Calendário Cristão, marcado por ritos, penitências e renúncias

Cotidiano

Vai pegar estrada antes do feriadão? A BR-163 passa por obras nesta quinta-feira

São 13 pontos com desvio e 17 com pare e siga

Famosos

Alcoolizado, Davi Brito é detido após simular pane em carro para fugir de blitz

Teatro não convenceu os agentes de trânsito, que o abordaram e constataram a embriaguez

Cotidiano

Dias após mutirão de limpeza, Praça dos imigrantes já tem lixo acumulado

Comerciantes da região alegam que ação da prefeitura não foi eficiente