Feriadão em MS e alta temporada dão ânimo em comerciantes na fronteira com o Paraguai

Apesar de dólar em alta, empresários esperam 25% a mais em vendas se comparado ao ano passado

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Movimentação do comércio na fronteira (Ilustrativa)

O feriadão de Mato Grosso Sul, durante a “semana de saco cheio”, deve aquecer o comércio na fronteira com o Paraguai, entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero. Empresários esperam melhor movimento, se comparado ao ano passado, com vendas 25% para o período, apesar da alta do dólar.

Tomás Julián Medina González, secretário-geral da Câmara de Indústria, Comércio, Turismo e Serviços de Pedro Juan Caballero explica que o período é de alta temporada, a tendência é aumentar as vendas em todos os setores, principalmente com o recesso do lado brasileiro.

“Nossa expectativa é que tenhamos 25% a mais [em vendas] que no ano passado. Nossa vantagem é que o dólar não é o Paraguai. [A moeda] está estável e temos inflação 0, isso ajuda nos custos. Há um temor maior de que o dólar, que hoje deverá cair para R$ 4,95, e comece a subir mais nos próximos dias e meses”.

O comerciante ainda explica que o câmbio influencia muito na compra do público brasileiro. “Minha área é tecidos, mas dependo muito dos brasileiros. [O que mais procuram] são eletrônicos, perfumes, bebidas e informática”, disse um dos fundadores da instituição e ex-presidente.

Lucas Rosa Magalhães, gerente de uma loja de eletrônicos em Ponta Porã, disse que a estabilização na moeda reflete no lucro durante o período. “Por exemplo, até pode ter maior movimento, mas o poder de compra é menor com o dólar em alta. O cliente também vem mais exigente em preços menores, apesar de termos um parâmetro semelhante entre os lojistas”.

Diferente do ano passado, a famosa Black Friday na região foi antecipada e deve acontece em novembro. Em 2022, após dois anos sem a tradição, o festival de descontos aconteceu em setembro.
Também no ano passado, a ACEPP (Associação Comercial e Empresarial de Ponta Porã) estimava a movimentação de 40 mil turistas nas cidades fronteiriças, com movimentação de US$ 30 milhões em negócios.

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