Pular para o conteúdo
Economia

Dólar sobe 0,44% com exterior após fala dura de presidente do Fed

Após uma manhã morna e de oscilações modestas, o dólar se firmou em alta no início da tarde, sob impacto de discurso duro do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e encerrou a sessão desta terça-feira, 7, cotado a R$ 5,1927, avanço de 0,44% Apesar da alta hoje, a divisa ainda acumula baixa de 0,62% … Continued
Agência Estado -
Dólar
Imagem ilustrativa. (Foto: Reprodução, Agência Brasil)

Após uma manhã morna e de oscilações modestas, o se firmou em alta no início da tarde, sob impacto de discurso duro do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e encerrou a sessão desta terça-feira, 7, cotado a R$ 5,1927, avanço de 0,44% Apesar da alta hoje, a divisa ainda acumula baixa de 0,62% no mês.

A depreciação do real se deu em meio a uma onda de valorização da moeda americana no exterior. O índice DXY – que mede o desempenho do dólar frente a seis divisas fortes – atingiu o maior nível em dois meses, na casa dos 105,605 pontos, com tombo de mais de 1% do euro. As moedas emergentes e de países exportadores de commodities caíram em bloco. O real, que costuma apanhar em episódios de aversão ao risco, desta vez sofreu bem menos que seus pares, como peso chileno, mexicano e rand sul-africano.

Como ontem, o pregão foi marcado por oscilações estreitas entre mínima (R$ 5,1553) e máxima (R$ 5,2058) e liquidez reduzida. Principal termômetro do apetite por negócios, o contrato de dólar futuro para abril movimentou menos de US$ 10 bilhões. Dados da Warren Rena mostram que ontem os investidores estrangeiros reduziram posição comprada em dólar futuro (que ganha com alta da moeda americana) em 22,3 mil contratos (US$ 1,1 bilhão).

Operadores veem o dólar operando em uma faixa, grosso modo, entre R$ 5,05 e R$ 5,25 no curto prazo. Quando a divisa esboça superar R$ 5,20, há entrada de exportadores e realização de lucros no mercado futuro. Baixas mais expressivas da moeda, por sua vez, levam à recomposição de posições defensivas.

“Estamos vendo o real rodar em uma banda mais estreita, com variações que não chegam a 20 centavos. Mercado parece sem apetite para uma aposta forte para nenhum dos dois lados e oscila nessa faixa, muito sensível ao noticiário político”, afirma o economista Bruno Mori, sócio-fundador da consultoria Sarfin, para quem a depreciação menor do real hoje pode estar ligada ao nível mais elevada dos juros no Brasil em relação a pares.

Por ora, investidores estariam refreando apostas mais contundentes à espera do anúncio do novo arcabouço fiscal, prometido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para antes do encontro de Comitê de Política Monetária (), nos dias 21 e 22. A curva de juros futuros embute cortes da taxa Selic, hoje em 13,75%, a partir de junho. Haddad se encontrou hoje com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para tratar de “assuntos de interesse do BC e do Ministério da Fazenda”, segundo informação do ministério. Não houve declarações à imprensa após a reunião.

“Hoje, o real apresentou desempenho melhor que seus pares. É um indicativo de que os ativos aqui estão relativamente baratos”, afirma o economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira, ressaltando, contudo, que a combinação de Fed com discurso mais duro e “probabilidade não desprezível” de o Copom iniciar corte de juros nos próximos meses aponta para um real mais fraco.

No Senado americano, Powell deixou aberta a porta para uma aceleração do ritmo de alta da taxa básica no encontro de política monetária do Fed neste mês (21 e 22). Mais: o nível terminal dos Fed Funds pode ficar acima do “previsto anteriormente”, o que significa taxa mais perto de 5,50%.

A fala do presidente do BC americano vem após uma sequência de indicadores mais fortes da economia americana, em especial do mercado de trabalho, e sinais de arrefecimento mais lento da inflação. Segundo Powell, “as pressões inflacionárias estão mais altas do que o esperado no momento de nossa reunião anterior”, em meio “há pouco sinais” de desinflação no setor de serviços.

A reação do mercado foi imediata. Ferramenta da CME Group mostra que, após as declarações de Powell, as chances de o Fed apertar o passo e elevar os Fed Funds em 50 pontos-base, após alta de 25 pontos em fevereiro, se tornaram majoritárias, passando da casa de 29% para o nível de 54%.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
corte de cabelo barbeiro

Procon Municipal encontra variação de 233% nos preços de barbearias em Campo Grande

Família confirma que velório de Preta Gil será no Rio de Janeiro: “Não há previsão”

Com cem vagas disponíveis, curso gratuito capacita profissionais e acadêmicos de Educação Física

PL define metas pró-Bolsonaro e prioridade no Congresso será anistia aos envolvidos no 8 de janeiro

Notícias mais lidas agora

Ex-chefe de licitações do governo de Reinaldo pode ser condenado por rombo de R$ 6,3 milhões no HRMS

Conselhão Nacional inclui em pauta denúncia contra atuação do MPMS

carne frigorifico

Pecuaristas dos EUA aprovam suspensão total da importação da carne brasileira

Coveiro acusado de vender túmulo em cemitério público ‘some’ sem devolver dinheiro

Últimas Notícias

Esportes

Presidente do Corinthians não pensa em demitir Dorival: ‘Está prestigiado’

Torcida do time paulista demonstraram preocupação diante da relação do técnico com o elenco

Cotidiano

TJMS abre inscrição de curso preparatório gratuito para adoção

A formação tem por objetivo habilitar os pretendentes a adoção para o exercício de uma paternidade ou maternidade responsável

Brasil

Fujão: preso é flagrado tentando fugir por janela de hospital

Policiais penais impediram a fuga do detento

Sem Categoria

Adolescente de 13 anos desaparece e preocupa familiares em Campo Grande

Raissa vestia um casaco de cor vermelha, blusa de cor rosa, calça jeans e estava de chinelo quando desapareceu no domingo (20)