Pular para o conteúdo
Economia

Dólar cai 1,36% com Fed, fica abaixo de R$ 5 e fecha no menor nível desde 25 de setembro

O dólar à vista encerrou a primeira sessão de novembro em queda firme e voltou a fechar abaixo da linha de R$ 5,00 após três pregões. Operadores atribuíram a recuperação do real, sobretudo, ao ambiente externo mais benigno para moedas emergentes latino-americanas, com recuo das taxas dos Treasuries e avanço das cotações do minério de … Continued
Agência Estado -
Dólar ilustrativa (Agência Brasil)

O à vista encerrou a primeira sessão de novembro em queda firme e voltou a fechar abaixo da linha de R$ 5,00 após três pregões. Operadores atribuíram a recuperação do real, sobretudo, ao ambiente externo mais benigno para moedas emergentes latino-americanas, com recuo das taxas dos Treasuries e avanço das cotações do minério de ferro. Houve também uma correção natural e realização de lucros após a onda de valorização do dólar no mercado doméstico desde o último dia 27, desencadeada pelos ruídos em torno da meta fiscal.

Afora uma alta pontual e muito limitada na abertura, quando registrou máxima a R$ 5,0454, o dólar operou com sinal negativo ao longo do dia. A moeda acentuou o ritmo de baixa à tarde, com o tom brando tanto comunicado da decisão de política monetária do Federal Reserve quanto das declarações do presidente da instituição, Jerome Powell.

Com mínima a R$ 4,9690, o dólar à vista terminou o pregão desta quarta-feira em queda de 1,36%, cotado a R$ 4,9730 – menor valor de fechamento desde 25 de setembro.

Termômetro do comportamento do dólar em relação a seis divisas fortes, o índice DYX, que chegou a superar 107,100 pontos na máxima, zerou os ganhos fim da tarde, com perdas fortes em relação ao iene. As taxas dos Treasuries de 2 e 10 anos, que já vinha em baixa firme, renovaram mínimas. A moeda norte-americana caiu em relação a divisas emergentes e de países exportadores de commodities mais relevantes, com destaque as perdas acima de 1% para o peso mexicano e o real.

Como esperado, o Fed manteve a taxa básica norte-americana na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano. Apesar dos alertas de praxe aos riscos inflacionários, o comunicado foi visto como ‘dovish’. O BC dos EUA repetiu que vai levar em conta, nas suas próximas decisões, os efeitos defasados e cumulativos do aperto monetário sobre a economia.

Em entrevista coletiva, Powell disse que a decisão do Fed em dezembro ainda não foi tomada. Ele observou que a “orientação da política é restritiva, o que exerce pressão na economia e na inflação”, e que “os efeitos totais do aperto ainda não foram sentidos”. Ao comentário as condições do , Powell disse que as condições de oferta e procura apresentam um melhor equilíbrio e que o crescimento dos salários nominas mostrou sinais de abrandamento – dois pontos que sugerem menores pressões inflacionárias adiante.

Para economista-chefe da Análise Econômica e consultor econômico da Remessa Online, André Galhardo, a percepção dos investidores, após as palavras de Powell, é que o ciclo de aumento de juros nos EUA “finalmente” acabou. “O tom do comunicado do Fed e da fala de Powell foi brando. Ele disse que não vai hesitar em subir os juros se as coisas não acontecerem da forma que o Fed espera, com incerteza provocada por duas guerras, mas isso é apenas retórica”, afirma Galhardo.

O consultor da Remessa Online pondera que, apesar da reação inicial ao discurso do Fed, há certo limite para a valorização do real e de demais divisas emergentes. Mesmo com o recuo expressivo nesta quarta, as taxas dos Treasuries seguem em níveis bem elevados. Galhardo vê a avaliação do Fed como “otimista”, dado que os indicadores de atividade e do mercado de trabalho americano seguem robustos.

“O Fed pode até ficar parado, mas ainda há muita incerteza em relação aos juros longos americanos. Enquanto não houver uma tendência mais clara, é preciso cuidado. Vejo o dólar rodando numa faixa entre R$ 4,95 e R$ 5,00”, diz o consultor, para quem não possibilidade de corte de juros nos EUA no primeiro semestre de 2024.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Anvisa proíbe suplementos alimentares com ora-pro-nóbis

VÍDEO: tamanduá vai parar em bar na noite desta sexta em Campo Grande

Nunes Marques pede vista e suspende julgamento de Palocci no STF

Peña diz que espionagem do Brasil ‘reabre velhas feridas’ da Guerra do Paraguai

Notícias mais lidas agora

Após adiar por quatro vezes, CNMP vai julgar relatório sobre inspeção no MPMS

detran direitor

Ex-diretor do Detran-MS é absolvido por supostas contratações irregulares

DJ nascida em Dourados é presa em Portugal por exploração sexual

Jovem até então desaparecida é encontrada em Três Lagoas

Últimas Notícias

Brasil

STF pede que PGR apure abuso em greve de peritos do INSS

Cerca de 10% dos médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) estão em greve parcial

Mundo

Após retaliação da China, Trump diz que sua política não mudará

Em outra postagem, logo em seguida, o presidente americano disse que a China errou ao retaliar

Cotidiano

Amigos fazem vaquinha para ajudar mecânico Leonardo que sofreu grave acidente

Sofreu um grave acidente de moto na Avenida Vitor Meirelles

Polícia

Mulher invade casa com bebê no colo, agride adolescente e bota fogo em roupas de marido

Os policiais encontraram a autora em um bar