Área de serviços ‘bomba’ na geração de empregos em MS, mas construção amarga saldo negativo em junho

Maior crescimento do emprego nacionalmente em junho ocorreu no setor de serviços

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Profissionais tem experiência em várias áreas. (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

O setor de serviços puxou a geração de empregos em junho em Mato Grosso do Sul, enquanto a Construção Civil teve que demitir mais do que contratar, conforme mostram dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Enquanto os Serviços geraram 1.224 novos postos, a Construção perdeu 212 empregos formais durante junho. Dentro do setor de Serviços, a subárea de transporte, armazenagem e correio. Com 2.028 admitidos e 1.603 desligados, o saldo positivo ficou em 452.

A área de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas foi a que mais empregou (4.424). Entretanto, também foi a que mais demitiu em junho: 4.078 pessoas ficaram desempregadas – o saldo ficou em apenas 346 (o segundo melhor).

Empregos em Mato Grosso do Sul

Dados do Caged mostram que junho teve o menor saldo na geração de empregos em Mato Grosso do Sul neste ano.

Os 3.030 cargos gerados são menores do que os registrados em 2023. As 31.951 admissões superaram as 28.921 demissões em junho. O estoque de MS, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, em junho deste ano, contabilizou 621.780.

Os números registrados na metade do mês são bem diferentes dos divulgados no começo do ano. Janeiro, por exemplo, teve saldo de 5.130 e fevereiro registrou 6.040. Desde março, os dados têm iniciado uma queda gradativa.

Campo Grande

O saldo positivo apresentado pelo Caged foi puxado por Campo Grande, que teve saldo de 719 novas vagas em junho.

O setor que alavancou os números da Capital de Mato Grosso do Sul foi o de Serviços, responsável por 42% (308) do total de cargos criados no mês. Essa área foi seguida pelo Comércio (225) e Indústria (135).

Apesar desses números expressivos, a Agropecuária não ‘vingou’ em junho, registrando apenas 51 vagas criadas e a Construção não teve nenhum saldo.

Nacional

Nacionalmente, o maior crescimento do emprego em junho ocorreu no setor de serviços, com um saldo de 76.420 postos formais. A agropecuária foi o segundo maior gerador de postos no mês, com 27.159 empregos gerados.

A construção civil veio em seguida, gerando 20.953 postos, com destaque para obras de infraestrutura. O comércio registrou saldo de 20.554 postos e a indústria de 12.117 postos.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que o desempenho do Caged faz parte das ações do governo para a retomada da economia. “Estamos fazendo um esforço grande para a retomada do crescimento da economia, para gerar empregos de preferência de qualidade”, disse.  

Segundo Marinho, um item que está atrapalhando a geração de empregos no Brasil é a taxa de juros praticada no país. “Se não fosse essa inadequação esquizofrênica do comportamento dos juros no Brasil, nós poderíamos estar falando em 200 mil novos empregos em junho”, afirmou.

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