Alckmin reforça que quer mais pequenas e médias empresas atuando em exportações

Nos últimos meses, o Brasil vem registrando recordes seguidos nas exportações. Ainda assim, um dos desafios do Governo Federal é aumentar o espaço para pequenas e médias empresas brasileiras no mercado internacional, avalia o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Este desafio é alvo de múltiplos esforços do Executivo, ressaltou Alckmin, no lançamento de um núcleo do Peiex (Programa de Qualificação para Exportação), da ApexBrasil, em Bauru, no interior de São Paulo.

“A empresa que exporta tem um upgrade , muda de patamar, avança mais. Todos os indicadores mostram isso. É muito importante. Nós estamos batendo recordes de exportação no Brasil, mas queremos mais empresas exportando e pequenas e médias empresas também exportando. Esse é o objetivo do programa da Apex que vai investir R$ 1,6 milhão aqui em Bauru”, afirmou.

O lançamento aconteceu na sexta-feira (222/09), e o programa é fruto de uma parceria da ApexBrasil com a instituição Athon Ensino Superior para preparar empresas brasileiras para iniciar o processo de exportação de forma planejada e segura. Atualmente, o programa cobre todas as regiões do Brasil e está presente em 21 estados e 57 municípios.

Em sua fala, Alckmin reforçou a importância da agenda de competitividade para fazer a indústria crescer e agregar valor à sua produção: “Ao invés de exportar algodão, a roupa; ao invés de exportar minério de ferro, um avião da Embraer”.

Para alcançar esses objetivos, o vice-presidente citou algumas medidas que vêm sendo tomadas pelo governo para estimular o comércio exterior, como as licenças flex, que desburocratizam processos e barateiam os custos para emissão de licenças a empresas que exportam.

Alckmin destacou ainda a importância da descarbonização para a competitividade do país. “Hoje as pessoas procuram onde se produz bem, barato e com menos emissão de carbono. Aí o Brasil é imbatível”. Citou como vantagens competitivas do país políticas como a de incentivo à produção do biodiesel, com ampliação de seu percentual no diesel fóssil; a ampliação dos percentuais de etanol misturados à gasolina; o potencial de utilização do lítio disponível no Brasil para produção de baterias para veículos elétricos; e também o potencial do país para produzir combustíveis sustentáveis em substituição ao querosene dos aviões.

Jorge Viana, presidente da ApexBrasil, ressaltou, durante o evento, a importância de iniciativas como o Peiex para fortalecer a indústria e ampliar a atuação das empresas brasileiras no mercado internacional.  “Se nós queremos gerar emprego e renda, se nós queremos por o nosso produto no mundo inteiro, nós estamos tendo uma oportunidade agora. Esse convênio vai trabalhar (em Bauru) com 150 empresas. Quando for concluído se deus quiser 150 empresas vão estar exportando.”

Peiex – Por meio da execução de 33 convênios em 2022, o PEIEX atendeu e qualificou 3.522 empresas. Desse total de empresas, 67% (2.380) estão na categoria de micro e pequenas empresas (MPEs) e 516 exportaram, gerando um valor total de US$ 1,62 bilhões.

Produtos de 18 segmentos foram exportados por essas empresas em 2022, com destaque para: Alimentos e Bebidas (57%), Produtos Agropecuários (22%), Moda, Higiene Pessoal e Cosméticos (13%), Máquinas e Equipamentos, Aparelhos e Materiais Elétricos (2,9%) e Madeira, Móveis e Outras Manufaturas (1,5%).

Por: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, com edição da Agência Gov