Taxa de desocupação recua e fecha em 9,1% no trimestre encerrado em julho
Taxa de pessoas desocupadas no país teve queda em comparação com trimestre anterior
Fábio Oruê –
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A taxa de desocupação (9,1%) do trimestre móvel de maio a julho de 2022 recuou 1,4 ponto percentual em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2022 (10,5%) e 4,6 p.p. ante o mesmo período de 2021 (13,7%) no Brasil, como mostrou a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua divulgada nesta quarta-feira (31).
A população desocupada (9,9 milhões de pessoas) caiu ao menor nível desde o trimestre encerrado em janeiro de 2016, recuando 12,9% (menos 1,5 milhão de pessoas) no trimestre e 31,4% (menos 4,5 milhões) no ano.
O contingente de pessoas ocupadas (98,7 milhões) foi recorde da série iniciada em 2012, com alta de 2,2% (mais 2,2 milhões) ante o trimestre anterior e de 8,8% (mais 8,0 milhões) em comparação com o mesmo período de 2021.
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 57,0%, subindo 1,1 p.p. no trimestre (no anterior, foi de 55,8%) e 4,1 p.p. no ano (de 52,8%).
Conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa composta de subutilização (20,9%) foi a menor desde o trimestre encerrado em junho de 2016, caindo 1,6 p.p. no trimestre e 7,0 p.p. no ano. A população subutilizada (24,3 milhões de pessoas) teve queda de 6,9% (-1,8 milhões) no trimestre e 24,0% (-7,7 milhões) no ano.
A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (6,5 milhões) ficou estável ante o trimestre anterior e caiu 17,1% (-1,3 milhão de pessoas) no ano.
A população fora da força de trabalho (64,7 milhões de pessoas) permaneceu estável ante o trimestre anterior e recuou 2,8% (menos 1,9 milhões) na comparação anual.
A população desalentada (4,2 milhões de pessoas) caiu 5,0% em relação ao trimestre anterior (menos 221 mil pessoas) e 19,8% (menos 1,0 milhão de pessoas) na comparação anual. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,7%) caiu 0,2 p.p. frente ao trimestre anterior e 1,0 p.p. frente ao mesmo trimestre do ano anterior.
Carteira assinada e autônomos
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (sem contar trabalhadores domésticos) foi de 35,8 milhões, subindo 1,6% (555 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 10,0% (mais 3,3 milhões de pessoas) na comparação anual.
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (13,1 milhões de pessoas) foi o maior da série histórica, iniciada em 2012, crescendo 4,8% no trimestre (mais 601 mil pessoas) e 19,8% (2,2 milhões de pessoas) no ano.
O número de trabalhadores por conta própria foi de 25,9 milhões de pessoas. Ante o trimestre anterior, houve crescimento de 1,3% (326 mil pessoas), enquanto, na comparação com o mesmo período do ano passado, o avanço foi de 3,5% (mais 872 mil pessoas).
O número de trabalhadores domésticos (5,8 milhões de pessoas) permaneceu estável diante do trimestre anterior e subiu 14,1% (mais 718 mil pessoas) no ano.
O número de empregadores (4,3 milhões de pessoas) cresceu 3,9% no trimestre (mais 162 mil pessoas) e subiu 16,2% (597mil pessoas) no ano. O número de empregados no setor público (12,0 milhões) cresceu 4,7% no trimestre e 5,1% no ano.
A taxa de informalidade foi de 39,8% da população ocupada, contra 40,1% no trimestre anterior e 40,2% no mesmo trimestre de 2021. O número de trabalhadores informais chegou a 39,3 milhões.
Força de trabalho
O rendimento real habitual (R$ 2.693) cresceu 2,9% em relação ao trimestre anterior e caiu 2,9% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 260,7 bilhões) cresceu 5,3% frente ao trimestre anterior e 6,1% na comparação anual.
No trimestre móvel de maio a julho de 2022, a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi estimada em 108,5 milhões de pessoas, com alta de 0,6% (687 mil pessoas) frente ao trimestre de fevereiro a abril e de 3,3% (3,5 milhões de pessoas) ante o mesmo trimestre de 2021 – foi o maior contingente de pessoas na força de trabalho da série histórica da pesquisa.
Frente ao trimestre móvel anterior, houve aumento nos seguintes grupamentos de atividades:
- Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,7%, ou mais 692 mil pessoas);
- Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,9%, ou mais 648 mil pessoas).
Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa. Ante o trimestre encerrado em julho de 2021, houve alta em:
- Indústria Geral (8,2%, ou mais 966 mil pessoas);
- Construção (7,4%, ou mais 516 mil pessoas);
- Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (13,2%, ou mais 2,2 milhões de pessoas);
- Transporte, armazenagem e correio (9,1%, ou mais 430 mil pessoas);
- Alojamento e alimentação (19,7%, ou mais 894 mil pessoas);
- Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (3,8%, ou mais 426 mil pessoas);
- Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (6,9%, ou mais 1,1 milhão de pessoas);
- Outros serviços (21,3%, ou mais 913 mil pessoas);
- Serviços domésticos (13,8%, ou mais 711 mil pessoas).
Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura formam o único grupamento que não apresentou variação significativa.
Quanto ao rendimento médio real habitual (R$ 2.693), frente ao trimestre móvel anterior, houve aumento em Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,2%, ou mais R$ 70) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,1%, ou mais R$ 78). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.
Entre as posições na ocupação, ante o trimestre encerrado em julho de 2021, o único aumento com variação significativa foi o de Trabalhadores domésticos (2,7%, ou mais R$ 27).
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