Os impactos da Rota Bioceânica em Dourados e região volta a ser tema de discussão na cidade. Desta vez, o assunto será debatido pelos comerciantes de Dourados em encontro organizado pela prefeitura municipal e parceria com a Aced (Associação Comercial de Dourados) na próxima sexta-feira (19), às 19 horas.
Durante o encontro “Dourados na Rota Bioceânica”, o prefeito Alan Guedes (PP) e a diretoria da Aced recebem, entre outras autoridades, João Carlos Parkinson de Castro, ministro de carreira diplomática do Ministério das Relações Exteriores. Em 2020, ele esteve na cidade e falou com investidores sobre a importância o projeto para Dourados.
“Os recursos já estão assegurados, são US$ 75 milhões do Fundo Binacional de Itaipu. O grande investimento foi feito pelo Paraguai, que está pavimentando o Chaco, projeto de US$ 770 milhões, projeto pesado, mas estão fazendo com recursos próprios, emissão de títulos no mercado financeiro internacional”, explicou o diplomata em entrevista ao Midiamax.
Entretanto, para firmar posição nesse eixo de relações comerciais, o município terá que se adequar às necessidades que estão sendo criadas a partir da fomentação desse projeto que irá exigir esforços dos setores organizados da sociedade local. As obras que envolvem Brasil e Paraguai já estão em fase de conclusão, ressaltando a construção de uma ponte entre os dois países.
Segundo ele, isso possibilitará conexão rodoviária entre Porto Murtinho e os portos dos Norte do Chile, particularmente o porto de Antofagasta, que vai representar enormes vantagens para negócios, turismo, e integração maior com a região.
Na conversa com a reportagem do Midiamax, João Carlos também apontou a economia de tempo, uma vez que a ligação com Pacífico será encurtada em 12 dias, agregando vantagens como redução no custo do frete, comercialização de contêineres a partir dos portos chilenos com redução de custos de 27% para um contêiner de 20 pés, e de 35% para contêiner de 40 pés.
