Produtos vão ficar mais baratos em MS com o dólar em queda? Confira o que muda com a desvalorização da moeda americana

É o que dizem economistas sobre os sete dias do dólar em queda no Brasil

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Efeitos do dólar
Saiba como queda do dólar pode afetar produtos em MS

O dólar está em queda há uma semana e fechou cotado a R$ 4,83 nessa quinta-feira (24), ficando no mesmo patamar de março de 2020. Economistas avaliam que essa queda vai demorar para ser sentida pela população em geral, mas em um curto prazo é ótimo para quem importa e também interessante para o setor industrial renovar peças e utensílios das fábricas.

Para Hudson Garcia, do Corecon/MS (Conselho Regional de Economia de Mato Grosso do Sul), a queda do dólar não será sentida no curto prazo porque o Brasil tem forte dependência de produtos vitais, como gasolina e trigo. “O problema é que os alimentos estão muito caros e essa alta aconteceu no mundo inteiro. Só no mês passado, o aumento médio mundial foi 14,42% nos cereais. É muita coisa”, explica Hudson Garcia.

Para o economista, a iniciativa de tentar driblar a dependência da Rússia e Ucrânia é válida, mas é complicado porque os dois países em guerra são fortes no trigo e nos fertilizantes, ou seja, uma hora isso vai afetar o mundo inteiro caso o problema seja prolongado. “A verdade é que, infelizmente, a massa de brasileiros assalariados não vai sentir nada com o dólar em queda há uma semana. Isso é bom para quem importa e também pode ser bom para as nossas indústrias para a compra de peças, maquinários e utensílios”, destacou Garcia.

O coordenador de Economia e Estatística da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Daniel Frainer, é da mesma opinião e informa que só importadores e quem compra insumos — também importados — para indústria vão sentir algum alívio com essa queda. “Para a população começar a sentir as diferenças, essa queda tem que continuar e permanecer por mais tempo”, frisou Frainer.  

dólar
Quem precisa comprar lá fora deve aproveitar o momento. Foto: Arquivo Agência Brasil

Conteúdos relacionados