Mato Grosso do Sul agora tem, em Rio Negro, município localizado a 150 quilômetros de Campo Grande, no norte do Estado, um investimento em tecnologia, com a entrada em funcionamento de uma unidade produtora de leitões, cujas operações se iniciaram na semana passada. É a UPD (Unidade de Produção de Leitões Desmamados), que está situada na Fazenda Santo Antonio da Conquista. O projeto utiliza alta tecnologia e recebeu R$ 19 milhões em investimentos.

De acordo com o empresário Edson Cristofolini, a UPD está focada em garantir o bem-estar do animal e a sustentabilidade para processos agroindustriais. Cristofolini construiu experiência em suinocultura no Estado de Santa Catarina. Ele investiu R$ 4 milhões na UPD e recebeu mais R$ 15 milhões em financiamento do FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste). “Fomos atraídos para cá pelo potencial que o Estado apresenta, pelos incentivos que o governo oferece e o assessoramento da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar)”.

O empresário disse, ainda, que o processo de licenciamento ambiental foi bastante ágil, o que favorece a opção por estar em . A UPD de tem capacidade para acomodar até 4 mil matrizes e a área total da edificação é de 1,6 hectare.

O superintendente de Indústria, Comércio e Serviços da Semagro, Bruno Gouveia, foi conhecer a unidade em Rio Negro. Gouveia destacou o trabalho que o governo do Estado vem fazendo para atração de investimentos no setor, citando a participação no Siavs (Salão Internacional de Avicultura e Suinocultura), cuja edição acontece em agosto, o Programa Leitão Vida e a viabilização de recursos do FCO para movimentar a atividade.

A intenção de trazer uma UPD a Mato Grosso do Sul é antiga. Em junho de 2020, o empresário Edson Cristonolini apresentou o projeto ao secretário da Semagro, Jaime Verruck, em reunião intermediada pelo presidente da Cooasgo (Cooperativa de São Gabriel do Oeste), Sérgio Marcon. Na época, eles entraram com a documentação necessária para obter a Licença Ambiental Prévia junto ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), que foi concedida no ano seguinte.

Os equipamentos utilizados na UPD são de alta tecnologia — tanto para manejo dos animais, quanto para dar destinação adequada aos dejetos, garantindo a sustentabilidade e impedindo que haja contaminação ambiental. Além dos barracões de gestação e maternidade que acomodam as matrizes e os leitões, o projeto contempla fossa séptica, lagoas de estabilização dos dejetos e um biodigestor que vai produzir biogás usado na geração de energia elétrica. Outra parte dos resíduos se transforma em fertilizante agrícola de modo que tudo será reaproveitado num método de economia circular sustentável.