Pular para o conteúdo
Economia

Em um ano, 17,5 mil empresas fecharam as portas em Mato Grosso do Sul

Estado perdeu 5,8% dos negócios em um ano
Priscilla Peres -
Comércio e serviços foram os setores mais afetados. (Foto: Nathália Alcântara/Midiamax)

Clara Dias, de 60 anos, era proprietária de uma lanchonete na avenida Guri Marques há seis anos. Seu negócio chegou ao fim, mas as dívidas adquiridas entre os anos 2020 e 2021 continuam. Ela conta que desde o início da pandemia de a situação do seu negócio começou a complicar, devido ao período de e ao drástico aumento nos preços.

“Com a pandemia tudo ficou muito difícil. Eu trabalhava com três funcionários, dispensei duas, mas foi complicando até que ficou inviável. É muito complicado para quem trabalha com o comércio, porque a gente não pode repassar o aumento dos preços para não perder o cliente e nossa margem de lucro fica mínima”, conta ela que ainda amarga as dívidas deixadas pelo negócio.

Clara era proprietária de uma das 17.530 empresas que fecharam as portas entre 2021 e 2022 em . Levantamento do IPC Maps 2022 aponta que o Estado perdeu 5,8% dos negócios em um ano, sendo comércio e serviços os setores mais atingidos. Os MEIs (Micro Empreendedores Individuais) foram os mais afetados pelo momento econômico, com redução de 8,4% das empresas dessa natureza jurídica.

Pequenos empreendedores foram os mais afetados

Em números absolutos, significa que 16.770 MEIs abandonaram a atividade entre abril de 2021 e o mesmo mês de 2022. O setor de serviços, em números relativos, foi o que mais perdeu empresas, somando 8.069 empreendimentos que fecharam as portas no período. Nesse segmento, os MEIs representaram 4,8%, ou 4.773 microempreendedores individuais do setor de serviços a menos.

O comércio aparece em seguida com a perda de 7.753 empresas no período pesquisado, sendo 8.884 que eram MEIs. O número é maior do que o saldo porque em relação às outras naturezas jurídicas houve mais abertura do que fechamento de empresas.

Marcos Pazzini, responsável pelo IPC Maps, explica que as MEIs foram mais atingidas na pandemia justamente por serem pequenos negócios, menos profissionalizados e mais suscetíveis às crises. “Esse alto número de MEIs fechados é resultado sim das consequências econômicas da pandemia de Covid-19. Essas empresas tem faturamento menor e foram muito afetadas em 2020, possivelmente aguentaram um tempo, mas fecharam as portas”, afirma.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Liderada por Kerolin, seleção goleia Bolívia na Copa América

Homem é executado na fronteira de MS e polícia faz buscas por suspeitos

Vampetaço

“Uma honra”, diz Vampeta sobre meme em protesto contra Trump

Brasil não tem que pedir licença, diz Lucas de Lima sobre EUA investigarem o Pix

Notícias mais lidas agora

carne frigorifico

Após MS suspender exportação de carne para os EUA, sindicato prevê normalização do mercado em poucos dias

relatoria tereza nelsinho

Nelsinho e Tereza confirmam ida aos EUA para pedir novo prazo do tarifaço de Trump

Vanildo e Fabiana, transplante de rins

Dez anos após transplante de rim, Vanildo celebra a vida ao lado de doadora do órgão

Irmãos de 4 e 12 anos são resgatados após mãe sair para beber e os abandonar em MS

Últimas Notícias

Mundo

Terremoto de magnitude 7,3 atinge Estados Unidos e gera alerta de tsunami

O Serviço Nacional de Meteorologia pediu para que os moradores evacuarem

Polícia

Homem é sequestrado, espancado e abandonado sem roupas na BR- 262 em Campo Grande

A vítima alega ter sido sequestrada por quatro homens ainda não identificados

Esportes

Palmeiras empata com Mirassol e não vence há 3 jogos no Brasileirão

O Alviverde saiu na frente com um gol de Facundo Torres, mas Chico da Costa empatou a partida para o Mirassol

Política

‘Tem que ser tratado com diplomacia’, diz Zé Teixeira sobre suspensão de carne para os EUA

Deputado diz que os americanos precisam dos produtos brasileiros e acredita que a situação será resolvida