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Economia

Dólar sobe 1,30% e fecha a R$ 5,2829 com expectativa de Fed mais duro

O dólar encerrou a sessão desta segunda-feira, 5, em alta firme e voltou a se aproximar do nível de R$ 5,30, em dia marcado por forte aversão ao risco e amplo fortalecimento da moeda americana no exterior. Investidores voltaram a embutir nos preços a perspectiva de um prolongamento do processo de aperto monetário pelo Federal … Continued
Agência Brasil -
Dólar
Imagem ilustrativa. (Foto: Reprodução, Agência Brasil)

O dólar encerrou a sessão desta segunda-feira, 5, em alta firme e voltou a se aproximar do nível de R$ 5,30, em dia marcado por forte aversão ao risco e amplo fortalecimento da moeda americana no exterior. Investidores voltaram a embutir nos preços a perspectiva de um prolongamento do processo de aperto monetário pelo Federal Reserve ao longo de 2023. Ao resultado acima do esperado do relatório de emprego americano (payroll) em novembro, divulgado na sexta-feira, somaram-se hoje indicadores positivo da indústria e dados mistos do setor de serviços nos Estados Unidos.

Embora em segundo plano hoje, também jogam contra o real as indefinições em torno da configuração final PEC da Transição e o crescente favoritismo do ex-prefeito Fernando Haddad para o Ministério da Fazenda. Operadores ressaltam que havia espaço também para ajustes técnicos no mercado de câmbio, uma vez que a moeda, a despeito de ter subido na sexta-feira, fechou a semana passada em baixa de 3,81% ante o real.

Com sinal positivo desde os primeiros minutos de negociação, o dólar acelerou o ritmo de alta ao longo da tarde. Na última hora de negócios, a moeda renovou sucessivas máximas, correndo até R$ 5,2899, enquanto registrava mínimas em linha com o tombo das bolsas em Nova York. No fim do dia, o dólar era cotado a R$ 5,2829, valorização de 1,30%. No acumulado de 2022, a divisa ainda acumula queda de 5,25%.

No exterior, o índice DXY – termômetro do comportamento do dólar frente a seis divisas fortes, em especial euro e iene – operou em alta ao longo do dia e não apenas superou os 105,0 pontos à tarde como tocou máxima aos 105,399 pontos. A moeda americana também ganhou terreno frente a divisas emergentes e de exportadores de commodities.

“O cenário externo está se deteriorando com a preocupação em relação ao tamanho dos juros americanos. O payroll mostrou geração de vagas maior que o esperado e levou investidores a reavaliar como será a postura do Fed”, afirma o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo. O payroll de novembro trouxe criação de 263 mil vagas, acima das expectativas (200 mil).

É majoritária a expectativa de que o Fed reduza o ritmo de aperto monetário e anuncie no próximo dia 14 uma alta da taxa de juros em 50 pontos-base. O mercado aguarda, porém, sinais dos integrantes do BC americano sobre a extensão do ciclo aperto e a taxa terminal.

“A expectativa que está ganhando força no mercado é que o Fed eleve a taxa de juros por um período maior, embora possa reduzir a magnitude de alta em dezembro. Na sexta, o dado do veio forte e hoje o setor industrial avançou, o que mostra atividade ainda aquecida”, afirma a economista-chefe da economista chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack.

Por aqui, Abdelmalack afirma que ainda há desconforto com as incertezas em torno da PEC da Transição. Investidores assumem postura defensiva porque há dúvidas se o Congresso vai, de fato, conter as “extravagâncias” do texto original.

Segundo o relator-geral do Orçamento, Marcelo Castro (MDB-PI), o prazo da excepcionalidade do fora do teto de gastos na PEC deve cair de quatro para dois anos, como esperado. A tendência é manter o valor de R$ 175 bilhões apresentado pelo PT, mais os R$ 23 bilhões em receitas extraordinárias. A perspectiva é que a PEC seja votada amanhã na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e que seja apreciada no plenário da Casa na quarta-feira, 7.

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