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Economia

Dólar cai 1,20% de olho em PEC da Transição e dupla Haddad-Arida

A perspectiva de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição mais enxuta e novos sinais sobre a composição da futura equipe econômica abriram espaço para uma redução dos prêmios de risco embutidos nos ativos locais na sessão desta quinta-feira, 24. Em baixa desde a abertura do pregão, o dólar à vista encerrou o … Continued
Agência Estado -
A moeda apresentou oscilações modestas, com intervalo de apenas cerca de quatro centavos (Agência Brasil)

A perspectiva de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição mais enxuta e novos sinais sobre a composição da futura equipe econômica abriram espaço para uma redução dos prêmios de risco embutidos nos ativos locais na sessão desta quinta-feira, 24. Em baixa desde a abertura do pregão, o dólar à vista encerrou o dia cotado a R$ 5,3100, em baixa de 1,20%, alinhado ao sinal predominante de baixa da moeda americana, ainda ecoando o tom ameno da ata do Federal Reserve (Fed, o dos EUA), divulgada na quarta-feira. Foi a menor cotação de fechamento desde o dia 14.

A moeda apresentou oscilações modestas, com intervalo de apenas cerca de quatro centavos entre mínima (R$ 5,3003) e máxima (R$ 5,3400), e a liquidez foi bastante reduzida, em razão do feriado nos (Dia de Ação de Graças) e da estreia do Brasil na Copa do Mundo. O contrato de dólar futuro para dezembro, principal indicador do apetite por negócios, movimentou menos de US$ 7 bilhões.

O mercado já amanheceu sob impacto da informação, divulgada na quarta à noite, de que o PT decidiu protocolar a PEC da Transição apenas na próxima semana, de acordo com o deputado José Guimarães (PT-CE). A minuta elaborada pela equipe de transição prevê gastos extrateto de cerca de R$ 198 bilhões e retirada permanente do da regra do teto – dois pontos que enfrentam resistência no Congresso, onde já circulam propostas alternativas.

A perspectiva de redução do valor extrateto e de fixação de um prazo de validade para a PEC amenizam os temores de que o governo eleito terá um cheque em branco para gastar. Sem um “waiver” garantido para os próximos quatro anos, cresce a necessidade de definição de uma nova âncora fiscal em substituição ao teto de gastos que sinalize para trajetória sustentável do endividamento público em relação ao PIB.

Foi bem recebida pelos investidores a informação, apurada pelo Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), de que o ex-prefeito de Fernando Haddad, cotado para assumir o Ministério da Fazenda, estaria disposto a trabalhar com o economista Pérsio Arida. Um dos pais do Plano Real e de perfil ortodoxo, Arida na equipe econômica – seja como secretário-executivo da Fazenda, seja como ministro do Planejamento – serviria de contraponto à ala desenvolvimentista do futuro governo.

“O dólar já vem numa decrescente depois de ter superado R$ 5,50. Hoje, noticia de que o Haddad pode assumir o ministério da Fazenda com Arida soou bem para o mercado”, afirma o especialista em renda fixa da Blue3 Paulo Ricardo dos Santos, que vê a taxa de câmbio em uma “zona de congestão”, em razão da espera por definições na área econômica.

Ricardo dos Santos ressalta que os dados do fluxo cambial divulgados na quarta mostram que há apetite dos investidores estrangeiros pelo Brasil, que é um dos líderes no ranking de juro real no mundo. Em novembro (até dia 18), o fluxo é positivo em US$ 3,841 bilhões, com entrada líquida de US$ 2,169 bilhões pelo canal financeiro.

Pela manhã, o IBGE divulgou que o IPCA-15 acelerou de 0,16% em outubro para 0,53% em novembro, levemente abaixo da mediana de Projeções Broadcast (0,54%). No ano, o IPCA-15 acumula um aumento de 5,35%, abaixo da mediana (6,20%), e, em 12 meses, alta de 6,17%.

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