Com variação de quase 40% na batata, Campo Grande tem a maior alta na cesta básica

Arroz agulhinha foi o alimento que teve retração no valor

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Batata causa inflação
Batata apresentou aumento em todas as capitais

O valor da cesta básica aumentou em todas as capitais onde o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre março e abril, as altas mais expressivas ocorreram em Campo Grande (6,42%), Porto Alegre (6,34%), Florianópolis (5,71%), São Paulo (5,62%), Curitiba (5,37%), Brasília (5,24%) e Aracaju (5,04%). A menor variação foi observada em João Pessoa (1,03%).

Batata – o tubérculo, coletado na região Centro-Sul, apresentou aumento em todas as capitais, com taxas entre 14,63%, em Porto Alegre, e 39,10%, em Campo Grande. As chuvas e a alta da demanda na Semana Santa provocaram redução na oferta, o que elevou o preço no varejo.

Pão francês – o preço do quilo do pão francês subiu em todas as cidades, entre março e abril. Houve redução da oferta de trigo no mercado externo, por causa do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, e, internamente, a valorização do dólar em relação ao real fez com que o produto importado chegasse mais caro ao país. As altas mais expressivas foram observadas em Campo Grande (11,37%), Aracaju (9,70%) e Porto Alegre (7,07%).

Arroz agulhinha – o preço médio aumentou em 16 capitais. As altas oscilaram entre 0,17%, em João Pessoa, e 10,24%, em Curitiba. A retração foi registrada em Campo Grande (-2,70%).

Café – o preço do quilo subiu em 16 capitais, exceto em Vitória (-2,73%). Os principais aumentos ocorreram em Aracaju (7,58%), Florianópolis (4,67%), Belo Horizonte (3,74%) e Fortaleza (3,74%).

Feijão – o preço aumentou em 15 capitais. O tipo carioquinha teve alta em todas as capitais onde é pesquisado: no Norte, Nordeste, Centro-Oeste, em Belo Horizonte e São Paulo. As taxas variaram entre 3,86%, em João Pessoa, e 11,89%, em Belém. Já o preço do feijão preto, pesquisado nas capitais do Sul, em Vitória e no Rio de Janeiro, diminuiu em Vitória (-2,68%) e Florianópolis (-2,20%) e subiu em Porto Alegre (2,51%), Curitiba (2,44%) e Rio de Janeiro (0,57%). A menor oferta do grão carioquinha é um dos motivos da alta no varejo.

A comparação do valor da cesta em 12 meses, ou seja, entre abril de 2022 e abril de 2021, mostrou que todas as capitais tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 17,07%, em João Pessoa, e 29,93%, em Campo Grande.

São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 803,99), seguida por Florianópolis (R$ 788,00), Porto Alegre (R$ 780,86) e Rio de Janeiro (R$ 768,42). Campo Grande vem logo em seguida (R$ 761,73).

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