A modalidade de empréstimo com garantia de celular teve alta de 400% nos sete primeiros meses de 2021 em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo informações de levantamento divulgado pela plataforma de empréstimo FinanZero. Mas, será que vale a pena?

Esse tipo de operação é considerado novo pelo pouco tempo que tem no mercado. Especialistas financeiros avaliam que deve ser contratada apenas em casos de urgência ou quando outras alternativas de crédito já tiverem sido descartadas.

Como funciona o empréstimo com garantia de celular?

Como o próprio nome sugere, esse tipo de operação utiliza o smartphone dos clientes como forma de garantia em troca da liberação de uma quantia de crédito. É como  outras modalidades que utilizam carro ou casa, por exemplo.

Em vez de perder carro e imóvel se a dívida não for paga, o cliente pode ter o aparelho bloqueado de maneira remota. A partir disso, ele fica indisponível para uso e funcionará apenas para chamadas de emergência.

Para voltar a funcionar, basta quitar o acordo. 

Vale a pena?

Como dito antes, este tipo de crédito é indicado para últimos casos, pois os juros cobrados podem ficar além do que é praticado no mercado. Assim, essa modalidade de empréstimo pode prejudicar a vida financeira em vez de ajudar.

A média de juros cobrada pelas financeiras está na casa dos 10% ao mês — considerado muito alto. O cheque especial, por exemplo, tem teto definido em 8%. 

Não é recomendável se a pessoa não tiver certeza que vai conseguir arcar com os custos. Também, além de ficar com a dívida, a pessoa ainda pode ficar sem celular.