Mesmo com a queda recente, o real ainda está barato e Zanini vê fôlego para mais baixas do dólar, com a moeda americana podendo recuar para perto de R$ 5,00 ou mesmo um pouco abaixo ainda este ano. Os fatores que estão por trás deste movimento, que são a tendência de alta dos juros no Brasil pelo e a alta das commodities, que deve prosseguir com a retomada da economia mundial, deve seguir contribuindo para o real continuar na trajetória de melhora.

A economista-chefe da Armor Capital, Andrea Damico, também vê chance de o dólar cair um pouco mais no Brasil, mas não abaixo de R$ 5,00. Para isso, será preciso avançar com o ajuste fiscal. Ela destaca que a melhoria do câmbio começou com a resolução da novela do orçamento de 2021, em meados de abril, ainda que não tenha sido o ideal, mas foi sancionado com vetos e mantendo o teto.

Em seguida, a economista destaca que indicadores da atividade mostrando economia melhor que o esperado na segunda onda da pandemia e balança comercial forte, por conta do aumento das exportações, ajudaram. Em abril, por exemplo, as exportações foram recordes para todos os meses da série histórica. No curto prazo, mantendo o cenário externo mais favorável, estes fatores devem seguir ajudando o real a ganhar força, avalia Damico.

Nesta sexta-feira, o dólar à vista fechou em queda de 0,93%, a R$ 5,2286, a menor cotação desde 14 de janeiro. No mercado futuro, o dólar para junho era negociado em baixa de 1,10%, em R$ 5,2370.