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Economia

Com resistência de Reinaldo em baixar ICMS, revendas de botijões amargam queda de 30%

Com o Governo de Reinaldo Azambuja (PSDB) ignorando a isenção dos impostos sobre o óleo diesel e o gás de cozinha, não acompanhando corte federal vigente desde o início do mês, as revendas de gás em Campo Grande têm amargado queda de até 30% no comércio de botijões. Com preço nas alturas, chegando a R$ […]
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Com o Governo de Reinaldo Azambuja (PSDB) ignorando a isenção dos impostos sobre o óleo diesel e o gás de cozinha, não acompanhando corte federal vigente desde o início do mês, as revendas de gás em Campo Grande têm amargado queda de até 30% no comércio de botijões. Com preço nas alturas, chegando a R$ 85, os consumidores campo-grandenses já cogitam ter fogão a lenha em casa.

Nas Moreninhas, a revenda de Andrews Matos teve uma queda de 20% nas vendas e ele comenta com a reportagem que ao ligar e saber o preço, o cliente desiste de comprar e até avalia novos métodos para cozinhar.

“Estão procurando por preço bom. Às vezes ligam e desistem de comprar e muitas vezes só fecham [a compra] quando dou desconto de R$ 5. O pessoal fala que se continuar subindo assim vão ter que começar a usar fogão a lenha”, comentou o comerciante.

Com resistência de Reinaldo em baixar ICMS, revendas de botijões amargam queda de 30%
Foto: Leonardo de França, Midiamax

Ele disse que tem arcado com o último reajuste do ICMS por conta própria, pois se repassar o valor ao cliente, é capaz de perder a clientela. “Assinei o prejuízo e ficou no meu bolso, porque aí não vende. É melhor diminuir o ganho e atender o cliente”, afirmou.

Na revenda do comerciante o botijão é vendido por R$ 85 e caso não tivesse ‘segurado’ o último reajuste o valor teria subido para R$ 90.

Um empresário que preferiu não se identificar, disse que também está absolvendo o prejuízo e que movimento nas vendas caíram 30%. “Estão reclamando demais [consumidor], estamos absolvendo o prejuízo, mas as vendas caíram muito”, reclamou. O preço médio do gás na revenda é R$ 78 e se tivesse reajustado o valor seria R$ 85.

No Jardim TV Morena, a comerciante Marli Sartori diz que aposta em brindes e desconto no pagamento em dinheiro ou na portaria para consegui vender. “Tem cliente que reclama, tem o que procura sempre o mais barato. Uso a estratégia de dar brindes, cuido sempre para ter um bom atendimento. Mas o consumo ainda caiu 15%”, relatou a comerciante.

O botijão de gás é vendido a R$ 80 na portaria ou R$ 85 na entrega ou pagamento no cartão de crédito ou débito.

Reinaldo ignora isenção

O governo de Mato Grosso do Sul não acompanhou o corte federal dos impostos sobre o óleo diesel e o gás de cozinha, vigente desde o começo do mês. Sem mexer na pauta fiscal, o peso do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os combustíveis no Estado segue o mesmo, pelo menos até o fim de março.

Em aceno aos caminhoneiros e na contramão da política de preços da Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) baixou decreto que zerou a cobrança de PIS/Cofins sobre o óleo diesel por dois meses. Assim, até o fim de abril, quem abastece com o combustível fica isento dos R$ 0,35 por litro até então recolhidos pelo governo federal.

Bolsonaro também zerou PIS/Cofins sobre o botijão de gás de 13 kg, que representava R$ 2,18 do preço. Neste caso, a redução é definitiva.

Mas o preço médio do gás de cozinha subiu quase R$ 2 no Estado desde que o governo federal anunciou a medida. Segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o botijão de 13 kg hoje sai, em média, a R$ 83,61.

Já o preço médio do óleo diesel recuou quatro centavos na última semana, se comparada com a imediatamente anterior. Porém, voltou ao patamar registrado no fim de fevereiro, quando a isenção federal ainda não valia. Hoje, o litro do combustível custa, em média, R$ 4,254 em Mato Grosso do Sul.

*com Jones Mário

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