A companhia de Gás de Mato Grosso do Sul, administrada pelo governo do Estado, que detém 51% da participação na empresa, alcançou lucro recorde de R$ 84 milhões em 2020. Enquanto isso, o processo de privatização da MSGÁS sofre mais um atraso.

O resultado foi apresentado em relatório integrado apresentado na segunda-feira (22). Em carta aos acionistas, a direção da empresa afirma que teve aumento de 587 clientes no ano passado, alcançando 10.616 unidades consumidoras, apesar da pandemia. “Nossa rede cresceu 22,05 quilômetros em relação ao ano anterior e nosso lucro superou R$ 84 milhões, ou seja, quase 106% maior do que em 2019”, afirma o documento.

Assim, nos últimos 4 anos, a MSGÁS soma lucros de R$ 153,4 milhões.

Apesar do avanço no lucro, o governador (PSDB) colocou a companhia em processo de privatização. Então, há dois caminhos: a venda da participação de 51% do Estado ou uma PPI (Programa de Parceria de Investimentos), em que uma empresa privada faz investimentos na companhia em troca da exploração dos serviços.

Privatização da MSGÁS

Conforme o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que acompanha todo o processo, o prazo para encerramento dos estudos técnicos que vão definir os parâmetros da privatização era para o fim de dezembro de 2020, mas atrasou. “Atualmente, o prazo previsto para encerramento do projeto é o primeiro trimestre de 2021”, informou.

Entretanto, o projeto depende de fatores externos com o processo de privatização das Gaspetro, braço da que atua no segmento de gás natural.

Com as mudanças no cenário, todos os prazos do projeto ficam em aberto. Até então, a previsão era de que até março deste ano seria concluída a consulta pública e aprovação dos órgãos de controle. Ainda no 1º semestre de 2021 estava previsto o lançamento do edital, para que, no início do 2º semestre fosse realizado o leilão e a assinatura de contrato com a empresa vencedora estava previsto para o fim do ano.

A contratação do consórcio responsável pelo estudo foi realizada em 2017. A previsão inicial era de que o leilão para privatização da MSGás ocorresse até o final de 2018. Entretanto, atraso na elaboração do documento mudou os planos.

Porém, o governo ainda aguarda o estudo, que irá indicar a venda ou a PPP (Parceria Público-Privada). “Se é a privatização, ou seja: a venda da MSGás, ou de uma parceria para investimentos em novos ramais de gasoduto”, explicou o secretário de desenvolvimento econômico, .