Em entrevista concedida à TV Brasil, a ministra-chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, garantiu que o programa Bolsa Família será ampliado para atender um número maior de famílias, além de que passará por reformulação e terá também valor médio maior.

Conforme a ministra, uma proposta de reformulação do programa já está encaminhada para a Câmara e tratada com caráter urgente. Ela explicou que o principal ponto é o aumento no valor dos benefícios e número de contemplados.

“Não existe uma disputa de protagonismo e sim uma coisa prática, necessária e urgente, que eu acho que é a ampliação não só do valor, mas também dos beneficiários. Com essa pandemia e com o auxílio emergencial, milhões de brasileiros que eram invisíveis passaram a ser vistos pelo governo e a gente sabe da necessidade que tem dessa ampliação da distribuição de renda”, disse Flávia.

Ainda segundo declarado em entrevista, o ministro já estaria reorganizando o orçamento público federal para readequar o programa Bolsa Família.

Segundo ela, nesse momento de crise a concessão de recursos para quem é de baixa renda se tornou prioridade na agenda administrativa. “Milhares de famílias perderam o emprego, milhares de famílias passaram de pobreza para extrema pobreza, existe a possibilidade [de mudança no programa]. O cobertor é curto, mas dá para ajustar porque o presidente [Jair Bolsonaro] e o governo sabem da importância que é nesse momento da ampliação não só do valor quanto dos beneficiários”, disse.

Expectativa

Espera-se que as reformulações sejam aplicadas após o fim do auxílio emergencial. Assim, o governo pretende fazer uma triagem e manter alguns beneficiários do auxílio no Bolsa Família.

Inicialmente o valor de base que deverá ser mantido no Bolsa Família será de R$ 250, ou seja, R$ 60 a mais do que a atual quantia média. Já o critério de renda mínima para inclusão deverá ser reajustado de R$ 80 para R$ 100.