Black Friday na crise tem consumidores em busca de descontos de itens básicos nos mercados de Campo Grande

Essa é a 1ª vez que a categoria de alimentos aparece na intenção de compra na Black Friday

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Se nos anos anteriores os consumidores buscavam na Black Friday a oportunidade de comprar aquele eletrodoméstico novo, aparelho celular ou móveis, no ano de 2021 — ano de alta na inflação sobre os alimentos e reflexo na fome dos brasileiros — a data de promoções fez os moradores procurarem por descontos em itens básicos nos mercados de Campo Grande.

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Foto: Fábio Oruê, Midiamax

Em supermercado na Rua Joaquim Murtinho, há poucas ofertas e de itens que não compõem a cesta-básica. Bebidas, bolachas e itens de higiene pessoal na promoção não agradaram Angelina Amorin, de 35 anos, que procurava por mais ofertas pelos itens básicos.

“Eu esperava mais. Estão falando tanto em Black Friday, mas os preços continuam caros. Ou a gente paga ou não come”, disse à reportagem.

O arroz tipo 1 está custando R$ 18,99 nas prateleiras, enquanto o primo, arroz integral, entrou na promoção de ‘black’, de R$ 14,38 por R$ 10,99. O feijão-carioca está R$ 5,99, o óleo de soja R$ 7,69, o macarrão espaguete R$ 3,25 e o leite integral, R$ 4,19.

Nas prateleiras de supermercado na Avenida Marquês de Pompal, a variedade de itens em promoção na Black Friday é maior. Confira a lista:

  • Arroz 5 kg: de R$ 18,90 por R$ 14,95
  • Feijão-carioca: R$ 7,29 por R$ 6,79
  • Molho de tomate: de R$ 1,15 por R$ 0,95
  • Capa de contrafilé a vácuo: R$ 20,99
  • Filé de peito de frango: de R$ 16,90 por R$ 15,99

O vendedor Carlos Almeida, de 43 anos, relata que as coisas ainda estão bem caras, mas mais baratas em relação aos valores encontrados nos estabelecimentos do bairro. “Os produtos tão bem caros mesmo. Mas algumas coisas está compensando comprar aqui do que lá no bairro”.

Alimentos em lista de Black Friday 

Um levantamento da Ebit/Nielsen aponta que 14% dos entrevistados procuram itens do segmento — são dois pontos percentuais a mais que no ano passado. Já os ouvidos pela Neotrust apontam intenção de comprar alimentos e bebidas na data em 17,6% dos casos. Essa é a primeira vez que categoria de alimentos aparece na lista das 10 mais procuradas pelos brasileiros na Black Friday.

De acordo com o jornal Valor, o Google registrou aumento de buscas que associam Black Friday a produtos de supermercado. Por isso, grandes redes resolveram investir na data. 

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