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Economia

Apesar de fraco em Campo Grande, consumo de motos elétricas é tendência mundial

Com frota pequena, cidade espera loja no primeiro semestre de 2022
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O futuro do uso de veículos elétricos no mundo é um processo iminente. Enquanto fontes não renováveis para produção de combustível ainda são usadas em larga escala, o planeta percebe o cenário trágico que está por vir e já busca alternativas para a fabricação de automóveis sustentáveis, como as motos elétricas. No Brasil, a ideia caminha a passos lentos. Em , por exemplo, uma capital de quase um milhão de habitantes, não há lojas que comercializem motos elétricas. Quem se interessar pelo produto tem que adquirir fora do Estado.

O consumo por aqui é tão pequeno que somente 12 motos do tipo circulam na Capital, segundo dados do Detran-MS. Já a frota de motocicletas movidas à combustão no Estado é 40 mil vezes maior que a elétrica.

Um dos proprietários de moto elétrica em Campo Grande é o empresário Sandro Ramires. Ele relata que em pouco tempo é possível recarregar o veículo. “Eu faço uma carga nela de três horas na tomada, o que é suficiente para percorrer 55 quilômetros. É uma moto parecida com todas as outras, a diferença é que você liga e ela não faz barulho”, disse.

De acordo com Ramires, a moto atinge uma velocidade máxima de 55 km/h. O modelo que o empresário tem é uma scooter, em que o modo de pilotagem é sentado.

Com as altas sucessivas no preço da gasolina e do etanol, o mercado de veículos elétricos se torna atrativo para não gastar dinheiro com combustível. Numa casa com consumo de até 100 quilowatts-hora (kWh) por mês, o custo exclusivo do recarregamento de uma scooter elétrica é de R$ 69 mensais, segundo cálculo realizado a partir dos dados de consumo disponíveis no site da fabricante.

A autonomia usada como referência é a de 55 km por dia. O mesmo percurso diário feito por uma moto abastecida com gasolina sai por R$ 278 mensais, tendo como base um consumo médio de 35 km por litro. O valor pago pelo derivado de petróleo é quatro vezes maior que o gasto com energia.

Isenção de imposto

Por enquanto, no não há incentivo fiscal que isente ou cobre parcialmente o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) dos elétricos. Estados como Maranhão, Pernambuco, Piauí, Sergipe, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Paraná e não arrecadam tributos dos proprietários desses tipos de veículos.

Mesmo não havendo benefícios do governo, comprar uma moto elétrica não foi problema para o professor Willie Moura. Morando em , ele pediu sua moto pela internet e esperou a entrega ser feita na porta de sua casa, como se fosse receber uma encomenda qualquer da transportadora.

“Eu comprei pelos relatos do pessoal do YouTube. E quando a moto chegou, até me assustei porque achei que seria fraca, mas não era. Fiquei com ela durante um ano e vendi, pois a marca lançou um modelo mais esportivo, que me atraiu e acabei comprando. Esse foi o único motivo de eu ter vendido a moto, porque ela é espetacular”, avaliou Moura.

Loja em Campo Grande

No Brasil, uma das marcas de motos elétricas mais conhecidas é a Voltz. A empresa, com atuação no País desde 2019, já vendeu mais de 4.000 veículos e a expectativa da fabricante é a de multiplicar cinco vezes sua receita operacional neste ano.

Questionada pelo Jornal Midiamax sobre a abertura de uma loja em Campo Grande, a empresa respondeu que a inauguração será em breve. “A Voltz planeja a abertura de uma loja-conceito em Campo Grande (MS) a partir de fevereiro de 2022. Enxergamos no local um enorme potencial para o segmento elétrico de duas rodas – já que atualmente possui a décima maior frota de emplacamento das capitais brasileiras”, revelou Renato Villar, CEO da marca.

Ver nas ruas da cidade carros e motos elétricas pode ser uma realidade não muito distante. Embora atualmente os preços não sejam animadores, o aumento do consumo com o passar do tempo pode diminuir os custos. Como alternativa ao esgotamento inevitável dos combustíveis fósseis, a adoção de veículos elétricos já é argumento forte para essa tecnologia perpetuar-se.

Recentemente, a União Europeia decidiu propor um rasgo de 55% nas emissões de gás carbônico de automóveis até o ano de 2035. Dessa forma, será impossível comprar um veículo a combustão nos países do bloco.

“Conforme o tempo passa, as motos elétricas vão evoluindo muito. O modelo que eu comprei tem autonomia de até 180 km. Se isso se confirmar na prática, para mim não há mais necessidade de ter moto à combustão”, afirmou Willie Moura.

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