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Economia

Alta dos combustíveis chega à mesa e influencia preço dos hortifrútis em MS

Fatores como fim de safra e importação de boa parte dos produtos também atinge custo para o consumidor, indica Ceasa-MS.
Arquivo -
Ceasa em Campo Grande. Foto: Aquivo
Ceasa em Campo Grande. Foto: Aquivo

A combinação entre a alta no preço dos combustíveis, do fim da safra e da falta de uma produção local capaz de atender ao mercado interno inflou os preços de muitos hortifrutigranjeiros em Mato Grosso do Sul. E a tendência dos próximos dias é de uma gangorra, com alguns itens barateando e outros refletindo os novos aumentos na gasolina e óleo .

Quem foi às compras nas últimas semanas já pode se surpreender com o preço de produtos como a banana ou o mamão papaya, que flertaram com a casa dos R$ 10 o quilo. Na Ceasa-MS (Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul), na Mata do Jacinto, em , a alta em alguns preços é atribuída a uma série de fatores.

Um dos primeiros itens citados é o custo dos combustíveis, que influencia o valor do frete. “Sabemos que o transporte de produtos que vêm de fora acaba impactando no preço final”, afirmou Rodrigo de Oliveira Xavier, auxiliar administrativo do Departamento de Cotação de Preços.

No setor da Ceasa-MS, é feita cotação de preços de box em box, que “direta ou indiretamente” acaba influenciada pelo custo dos combustíveis. Recentemente, a autorizou o quinto reajuste do ano no preço da gasolina. O diesel também sofreu correção de 5% no preço praticado nas refinarias –o principal usado por caminhões.

Dezembro de 2020 foi um mês de alta entre os produtos mais procurados, que mantiveram o preço em janeiro. A tendência com a nova alta do diesel é de que o custo final dos produtos encareça –apesar de o ter zerado a PIS-Cofins sobre o diesel, o que pode ter impacto de até 9% no preço nas bombas.

Caixa do mamão saiu de R$ 30 para R$ 65 com alta dos combustíveis

Xavier exemplifica parte do peso dos combustíveis na composição dos preços finais. O mamão formosa é um item que vinha sendo considerado em falta, pois é, em maioria, importado de Estados como Bahia, Minas Gerais e Tocantins. O preço padrão era estimado de R$ 30 a R$ 45 a caixa de 18 kg, porém, vinha sendo comprado a R$ 65.

Da mesma forma, o mamão papaya tinha a caixa de 10 kg vendida a R$ 55 até esta sexta-feira (5). Sem as altas recentes no frete, estima-se que o valor estaria em torno de R$ 50. Neste caso, porém, soma-se ao custo maior do frete o fim a safra em Mato Grosso do Sul, que faz o produto rarear e também obriga a importação.

“Todos os produtos que temos têm origem de dentro e de fora do Estado”, disse o assistente, citando que o limão taiti também viu o preço começar a subir com o fim da safra local. “Estão trazendo de fora e isso influencia, porque tem o gasto com logística e a distância para trazer”, disse.

O fruto é comprado, em maioria, de , e era negociado entre R$ 40 e até R$ 65 a caixa com 20 kg. “O preço máximo chegava a R$ 50”.

“Banana, a grande maioria vem de fora, e não está normal a safra de banana maça, que está entre R$ 110, R$ 150 e R$ 180 [a caixa]. Já a laranja está estável, mesmo vindo de fora, conseguimos manter [o preço] pela oferta”, explicou.

A próxima alta, estima o funcionário da Ceasa-MS, atingirá outros itens em fim de safra. A cebola nacional, antes vendida em média a R$ 50 a saca com 20 kg, custa de R$ 60 a R$ 70 –preço avaliado como estável, mas que deve ser influenciado com a importação com a redução da produção nacional.

Por outro lado, a dica é ficar de olho em produtos cujo aumento da demanda se justifica com o início da safra. Entre os “produtos de época’ está a mandioca, que deve manter o preço entre R$ 40 e R$ 50 a caixa com o aumento da produção estadual. “Entrou muita oriunda de Mato Grosso do Sul. O preço com a logística não deve ser tanto”, explicou.

A maça gala, por seu turno, tem a retomada da afra. “Até há um mês estava R$ 120 a caixa com 18 kg. Hoje já se encontra a valores entre R$ 65 e R$ 85”.

A reportagem também acionou a Amas-MS (Associação Sul-Mato-Grossense dos Supermercados) que, via assessoria, informou que prefere aguardar ao menos 10 dias para verificar qual o impacto da alta dos combustíveis o preço das mercadorias. “É preciso ver como os setores envolvidos vão reagir”, destacou.

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