Nas ruas de Campo Grande, ambulantes tentam se adaptar à nova rotina após coronavírus
O comércio ambulante ao longo da Avenida Lúdio Martins Coelho é bastante comum no dia a dia. De cafézinho a milho-verde, os moradores podem comprar sem precisar descer do carro, assim, rápido e prático. O cenário no setor informal sofreu influência diante da pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, e os vendedores precisaram se adaptar […]
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O comércio ambulante ao longo da Avenida Lúdio Martins Coelho é bastante comum no dia a dia. De cafézinho a milho-verde, os moradores podem comprar sem precisar descer do carro, assim, rápido e prático. O cenário no setor informal sofreu influência diante da pandemia da Covid-19, o novo coronavírus, e os vendedores precisaram se adaptar à nova rotina.
Máscaras, álcool em gel e distanciamento dos clientes. As medidas necessárias para a prevenção da doença são adotadas com excelência, mas tem vendedor que sofreu até 50% de queda nas vendas de alimentos.
Ramão Costa, de 63 anos, comercializa salgados no canteiro da Lúdio Martins e conta que a rotina de vendas tem sido exaustiva. Antes da chegada do vírus na Capital, cerca de 200 salgados eram vendidos em duas horas de trabalho, mas agora, no mesmo período, nem 100 salgados são vendidos.
“Muitas pessoas não querem tirar a máscara para comer. Muitos clientes até aparecem, mas só para cumprimentar. Não tem mais o aperto de mão, fico de longe, uso e forneço álcool em gel para os clientes, mas mudou completamente [o cenário], a maioria dos clientes estão com medo”, disse o vendedor ao Jornal Midiamax.
Vivendo das vendas ambulantes, Ramão diz que não tem outra opção no momento ao não ser trabalhar. “Tenho que trabalhar, se não, quem vai cuidar de mim?”, comentou.
Época de São João em plena quarentena
Para os vendedores de milho-verde, as vendas estão até sendo boas. Mas eles explicam: a época do ano, mês de São João, ajuda. Com as pessoas em quarentena, os arraial em casa para a família é uma opção para se divertir.
Márcio João, de 61 anos, diz que as vendas estão semelhante ao período pré-pandemia, mas tudo se explica por conta da época do mês. “Eu vendo 12 espigas por R$ 10 e tem vendido bastante. O motorista para, eu vou perto do carro e mostro o produto meio de longe. Se ele gostou, ai eu me aproximo e vendo a mercadoria. Não tem mais a proximidade de antes”, disse o vendedor.
Outro vendedor de milho-verde, José Ricardo, de 59 anos, diz que as vendas estão boas e, para aproveitar, todo o cuidado com a saúde é necessária nesse momento. “Muito raro alguém chegar sem máscara, mas quando chega alguém sem máscara, tento não me aproximar muito”, comentou.
Ele diz que estava vendendo até 35 sacos de milho por dia e que agora, as vendas do produto saltaram para 70 sacos.”A turma tem que comer, anda mais nessa época de São João. As vendas aumentaram”, disse. Na banca de José, são 13 espigas por R$ 10.
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