É parte da realidade financeira de muitas pessoas físicas e jurídicas a busca por empréstimos bancários para o pagamento de contas e despesas. Pagar dívidas que se acumulam, fazer uma reforma emergencial ou conseguir uma quantia para impulsionar os negócios são algumas das justificativas para a obtenção do dinheiro extra.

Entretanto, ao chegar nesse estágio, a pessoa pode se perguntar: qual é a melhor forma de empréstimo para mim? Com qual opção terei mais vantagens e não sofrerei com juros? Afinal, existem várias alternativas: empréstimo pessoal, consignado e imobiliário são alguns dos mais conhecidos.

Uma opção conhecida, mas que ainda suscita dúvidas, é a tabela Price, sistema de amortização de empréstimo ao qual muitas pessoas recorrem no momento de lidar com o pagamento do crédito obtido. Pensando nisso, preparamos este artigo para esclarecer algumas características desse método. Confira!

Tabela Price

Uma dessas opções é a tabela Price. Ele é um sistema de amortização, ou seja, um sistema de empréstimo baseado no pagamento de parcelas fixas. Então, ao longo do período estipulado, a pessoa vai pagar mensalmente um valor fixo, sem alteração.

Isso não quer dizer que as parcelas não envolvam juros. Pelo contrário: eles são calculados e embutidos no valor definido para as parcelas. Nessa opção de empréstimo, a quantia paga será a mesma ao longo do período, mas a sua composição sempre vai mudar — mesmo que você não perceba.

Funciona da seguinte maneira: no começo, os juros correspondem a até 20% do valor de uma parcela. Assim, 80% do valor de uma mensalidade — chamada de amortização — é utilizado para pagar a dívida que você contraiu, enquanto o restante é dos juros calculados.

À medida que a quitação da dívida se aproxima, essa porcentagem dos juros cai para abaixo de 5% do valor. Dessa forma, cerca de 95% do valor da parcela será destinado à amortização de sua dívida. Por isso, os banqueiros se referem a essa opção como “amortização crescente”.

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Ilustrativa – Banco de imagens

Vantagens

Se o pagamento de parcelas fixas parece um problema, a tabela Price tem outra vantagem: a estabilidade. Isso porque o que a pessoa deve ao banco, o chamado saldo devedor, deixa de ser das alterações na economia.

Normalmente, fatores econômicos como a inflação podem interferir no que você deve pagar ao banco. Entretanto, o sistema compensa as alterações da inflação com os juros “a mais” cobrados desde o início. Assim, mesmo que a inflação se altere ao longo do tempo, o valor da prestação continuará o mesmo.

Existe também a possibilidade de você pagar as prestações de forma antecipada. Caso você consiga um dinheiro extra, seja porque os negócios lucraram mais ou em detrimento ao recebimento de capital em datas festivas, por exemplo, você pode pagar os próximos valores antecipadamente.

Tabela Price e tabela SAC

Uma outra forma de quitação é o chamado Sistema de Amortização Constante (SAC). Esse segundo modelo consiste no pagamento, a princípio, de prestações maiores, que vão diminuindo ao longo do tempo. Nele, o valor da amortização é constante. O que se altera são os valores dos juros, que vão decaindo ao longo do tempo.

Em ambos os casos, as taxas de juros possuem um peso maior no valor do pagamento no início da quitação. A pessoa precisa decidir então se é mais vantajoso para ela pagar um valor fixo, mais estável, ou um valor que vai caindo ao longo do tempo, dependendo das variações do mercado.

 

Melhores cenários

A tabela SAC é mais utilizada para pagar dívidas em que o prazo para quitação é maior, tais como a aquisição de um imóvel. Já a tabela Price é mais recomendada para situações em que o tempo para pagar é menor, como quitar pagamentos de bens de consumo e veículos.